tag:blogger.com,1999:blog-65728301382364744252024-03-14T03:36:27.209-03:00Comentando FilmesVictor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.comBlogger92125tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-41988936748563823642020-05-01T22:31:00.000-03:002020-05-01T22:31:06.183-03:00Contact (Contato)<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="Contato - Filme 1997 - AdoroCinema" height="320" src="https://br.web.img3.acsta.net/c_215_290/medias/nmedia/18/86/99/98/19870962.jpg" width="237" />Demorei muito mais tempo do que me orgulho para finalmente assistir a este excelente filme, depois de ler o excelente livro. Senti falta de alguns detalhes, que vou comentar a seguir. Nada que tire o brilho da obra dirigida por Zemeckis, apenas poderia tê-la tornado ainda mais brilhante.</div>
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<b>Sobre o roteiro: </b>O filme é baseado no livro de Carl Sagan, que na verdade foi feito originalmente para ser o roteiro de um filme mesmo. Porém, devido a altas tretas, o filme acabou demorando mais de uma década pra realmente acontecer, e sofreu várias alterações de roteiro no caminho.<br />
<br />
Uma importante pesquisadora, depois de muitas tentativas frustradas e várias humilhações por suas aspirações, finalmente consegue provas de haver vida inteligente fora do planeta, recebendo transmissões de rádio de um sistema distante. Decodificando estas transmissões, chega-se a um complexo manual de instruções de como criar uma caríssima máquina. O que ela faz? Não se sabe. Há um intenso debate na sociedade mundial sobre se essa máquina deve ou não ser construída. Diferentes pontos de vista são confrontados, principalmente a visão da fé e a da ciência, antagônicas na maior parte dos casos. O roteiro traz um interessante ponto-de-vista sobre a dualidade dessas visões, e um irônico desfecho sobre isso, que é o ponto alto do filme.<br />
<br />
Uma coisa que acho importante pontuar é sobre uma cena do livro, para mim a mais icônica e relevante da obra inteira, que infelizmente não está no filme. É uma cena na qual Ellie tenta convencer um reverendo de que sua fé na ciência é maior do que a fé dele em Deus. <b>Alerta de spoiler sobre o livro</b>: Ellie leva Palmer Joss a um museu da ciência, vai até um pesado pêndulo de Foucault, estica-o em direção a seu rosto, e lhe explica que, com base no que a ciência diz, se ela soltar o pêndulo, as forças que atuarão sobre ele a partir de então farão com que ele não seja capaz de atingi-la na volta. E que se ela estiver errada, o pêndulo esmagará sua cabeça. E ela faz o teste. Mas quando o pêndulo se aproxima do rosto dela, instintivamente ela recua. Ela provou o que disse que iria acontecer, mas se sente imperdoavelmente perturbada por ter hesitado. Era bem fácil ter feito essa cena, não tomaria mais do que 3 minutos de um filme já longo, que poderia muito bem abrir mão dos mesmos 3 minutos em momentos menos importantes. E faria muita diferença no filme. Outra diferença do livro é que nas páginas originais de Sagan, Ellie e Palmer tem uma quedinha um pelo outro que fica subentendida, enquanto no filme é consumada várias vezes. Nada que altere bruscamente o desenrolar dos fatos, porém.<br />
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<b>O que este filme tem de especial?</b> Um grande roteiro, um grande elenco atuando muito bem (talvez algum destaque para William Fichtner, que atua como um cego convincente, o que é sempre desafiador), um grande diretor, e grandes efeitos especiais. É um filme que jamais seria um blockbuster, até por sua temática, mas me surpreende que não tenha sido um filme de repercussão bem maior do que teve quando do seu lançamento, e que não seja tão comentado. Grande filme!<br />
<br />
<b>Quando e com quem ver este filme?</b> Tem uma cenazinha de sexozinho bem light, nada que novela da Globo não tenha com muito mais ousadia. O grande elemento que deve ser levado em consideração é a dicotomia entre ciência x religião. Estamos vivendo em um país onde o mesmo embate vem sendo travado, e a ciência está sendo massacrada pela religião, então cabe a você saber se vale a pena evitar a companhia de fanáticos religiosos (que podem até gostarem do filme, se assistirem até o final - e se entenderem o que o filme mostra) ou se prefere usar o filme como provocação mesmo, se você estiver do lado da ciência nessa questão. É uma história de Carl Sagan, um dos maiores pensadores ateístas do século XX, ou mesmo da história.<br />
<br />
<b>Ficha técnica:</b><br />
<b>Elenco:</b> Jodie Foster - Eleanor Arroway<br />
Jena Malone - Eleanor jovem<br />
David Morse - Ted Arroway<br />
Matthew McConaughey - Palmer Joss<br />
James Woods - Michael Kitz<br />
John Hurt - S.R. Hadden<br />
Geoffrey Blake - Fisher<br />
William Fichtner - Kent<br />
Tom Skerritt - David Drumlin<br />
<b>Direção:</b> Robert Zemeckis<br /><b>Produção: </b>Steve Starkey / Robert Zemeckis<br />
<b>Roteiro:</b> James V. Hart / Michael Goldenberg (baseado no livro de Carl Sagan)<br />
<b>Trilha sonora:</b> Alan Silvestri<br />
1997 - EUA - 150 minutos - Drama / Ficção científica<br />
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<br />Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-31709039115812950872014-10-22T21:30:00.000-02:002014-10-22T21:30:11.807-02:00RoboCop (2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-i0_4reYnEQk/VEcfkTUY6KI/AAAAAAAACyE/H4k3zLwtrf0/s1600/Robocop-poster-11713-hi-res.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-i0_4reYnEQk/VEcfkTUY6KI/AAAAAAAACyE/H4k3zLwtrf0/s1600/Robocop-poster-11713-hi-res.jpg" height="320" width="216" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
É bem verdade que tem alguns defeitos relevantes, mas é um filme tão, mas tão bom, que juro que nem ligo. Ah, impossível analisar um <i>remake</i> sem compará-lo ao original, então...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> Na humilde opinião deste que vos escreve, a versão de 2014 traz um roteiro muito mais maduro e ousado do que a de 1987, de Paul Verhoeven. Este é um dos probleminhas do longa: Muitas ideias, pouco tempo. Sério, daria uma série interessantíssima, que levaria o estúdio que a produzisse a bater recordes de gastos, se todos os temas abordados pelo filme tivessem o tempo necessário para se desenvolver. Não têm. Saí do cinema com um pouco daquela sensação de 'onde eles queriam chegar com aquilo?'. Nada que comprometa, apenas incomoda e frustra um pouco. Bola pra frente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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O que parece ser o dilema moral central do filme é a ideia de <i>drones</i> sendo usados em substituição a seres humanos. No roteiro, as máquinas são usadas em todas as guerras (ou seus eufemismos) em que os EUA se meteram fora de seu território. São seguras (para seus donos, pelo menos) e eficientes, porém, não são aceitas como substituição para policiais em território norte-americano. Alguém tem a ideia de fazer um híbrido entre homem e máquina, e escolhem um policial vítima de uma bomba para cobaia. Gosto muito da forma como esta questão é abordada. Gosto das alfinetadas que o diretor, conhecido como um crítico desta mentalidade de combate ao crime, dá no público-alvo de sua obra, muito embora não seja ele o roteirista. O roteiro traz um monte de outras questões éticas e morais, e deixa o espectador decidir o que ele acha de cada uma delas, deixando relativamente clara a sua opinião. Destaque para a presença da família de Alex Murphy, que foi ignorada em 1987.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pra citar outro ponto que achei indigno do alto nível do filme, o personagem que cria <i>drones</i> 'concorrentes' do projeto RoboCop, um vilão mesquinho que age de forma extremamente desproporcional apenas por ter seu orgulho ferido, era totalmente desnecessário, e só serve pra agradar os fãs de maniqueísmos.<br />
<br />
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Um bom roteiro, grandes cenas, excelentes efeitos especiais, reflexões inteligentíssimas, críticas pesadas na cara da sociedade, e uma trilha sonora formidável (sensacional ouvir 'Hocus Pocus', do Focus - talvez um jeitinho de colocar algo neerlandês numa criação de outro neerlandês, mas é mais provável que tenha sido coincidência). Não é um filme impecável, traz clichês e poderia ser consideravelmente melhor construído, Porém, ainda assim, mesmo com suas mazelas, um filme imperdível, que credencia o excelente diretor José Padilha para mais obras deste calibre e deste orçamento. E são muitos os que dizem que este teve seu trabalho boicotado e limitado por ser brasileiro, por mais que o próprio Padilha negue. Nunca saberemos, eu acho.<br />
<br />
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Tem muitas cenas pesadas de violência. Muito embora nem chegue perto da sanguinolência de Verhoeven, é muito mais realista, até por ter um orçamento incomparavelmente maior. Evite os sensíveis. Reacionários, no entanto, são o público ideal pra ver escancaradas na tela as simulações de algumas de suas ideias aplicadas na prática. É um bom filme de ação, com tiros, explosões e etc, porém é um filme muito mais inteligente do que a média dos seus congêneres. E muito mais inteligente do que o roteiro original.<br />
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<b>Ficha técnica:</b><br />
<b><br /></b>
<b>Elenco:</b> Joel Kinnaman - Alex Murphy / RoboCop<br />
Gary Oldman - Doc. Dennett Norton<br />
Michael Keaton - Raymond Sellars<br />
Samuel L. Jackson - Pat Novak<br />
Abbie Cornish - Clara Murphy<br />
Jackie Earle Haley - Rick Mattox<br />
Patrick Garrow - Antoine Vallon<br />
<b>Direção:</b> José Padilha<br />
<b>Produção:</b> Marc Abrahan & Eric Newman<br />
<b>Roteiro:</b> Joshua Zetumer<br />
<b>Trilha sonora:</b> Pedro Bronfman<br />
2014 - EUA - 121 minutos - Ação / Ficção científica</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-54561676763351641632014-09-22T13:41:00.000-03:002014-09-22T13:41:34.145-03:00In time (O preço do amanhã)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-SW9SM73xeL0/VCA5nFMfsNI/AAAAAAAACYc/GAdhoDSNxz8/s1600/In_Time.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-SW9SM73xeL0/VCA5nFMfsNI/AAAAAAAACYc/GAdhoDSNxz8/s1600/In_Time.jpg" height="320" width="229" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Aquela sensação quase unânime: O filme tinha tudo pra ser excelente, mas não é. E isso é uma pena.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<b style="font-style: italic;">Sobre o roteiro:</b> Uma premissa intrigante, com grande potencial: Um futuro próximo onde os seres humanos não morrem mais de causas naturais. Para não haver superpopulação, todo mundo vive até os 25 anos, e então, param de envelhecer, mas só tem mais um ano de vida, contado num relógio em contagem regressiva. Quem quiser viver mais que isso, tem que 'pagar'. O tempo é a moeda desta sociedade distópica, numa metáfora que é o ponto forte do que poderia ser um filmaço. Como não poderia deixar de ser, existem ricaços, que tem todo o tempo do mundo, e existem miseráveis, nos guetos, que tem pouquíssimo tempo pra viver, e se viram como podem pra conseguir ver o próximo nascer-do-sol. Um dia, aparece um rico no gueto, com tendências auto-destrutivas, e passa todo o seu um século de tempo para o protagonista, que passa a ter a responsabilidade de fazer bom uso dele, e começa uma aventura para conhecer as origens do problema, desmascarar o sistema, e tentar levar justiça e equilíbrio social, como um revolucionário fora-da-lei. Enquanto isso, se desenrola um romancezinho clichê com a filha do 'vilão', uma saga paralela de uma pequena quadrilha que vive de roubar o tempo dos outros, e dos guardiões do tempo, a versão da polícia no roteiro, especialmente um deles, obcecado por fazer cumprir a lei, fazendo o típico investigador implacável e inexorável.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Tem uma premissa que dava pra fazer muita coisa. Muita coisa mesmo. De fato, essa premissa daria um seriado longevo. Mas dá um filme meia-boca, Elenco fraco (com exceção de Olivia Wilde, mas sua personagem tem pouco tempo de atuação, nos dois sentidos), roteiro ruim, cheio de furos bobos e facilmente sanáveis, personagens mal construídos, clichês atrás de clichês, fragmentos mal costurados, e mesmo os efeitos especiais mandam mal, especialmente na trágica cena em que o conversível cai da ponte, e os ocupantes saem apenas chamuscados e atordoados. No entanto, ainda assim o filme vale a pena por, mesmo conduzindo muito mal, rende uma discussão interessante. Muito interessante. O bastante pra justificar assistir ao longa.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> O filme é fácil, infelizmente. Podia ser mais complexo, e ser muito mais interessante, mas foi feito para ser um filme de ação, não um filme para pensar. Então dá pra ver com qualquer um com baixas expectativas. Sem palavrões, sem sexo, sem violência exagerada, um típico filme feito para ser <i>blockbuster</i>.</div>
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<br /></div>
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<b>Ficha técnica</b></div>
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<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Justin Timberlake - Will Salas</div>
<div style="text-align: justify;">
Amanda Seyfried - Sylvia Weis</div>
<div style="text-align: justify;">
Cillian Murphy - Raymond Leo</div>
<div style="text-align: justify;">
Olivia Wilde - Rachel Salas</div>
<div style="text-align: justify;">
Vincent Kartheiser - Phillip Weis</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Andrew Niccol</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Andrew Niccol, Marc Abraham, Amy Israel & Eric Newman</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Andrew Niccol</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha sonora:</b> Craig Armstrong</div>
<div style="text-align: justify;">
2011 - EUA - 109 minutos - Ação / Ficção científica</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-11831359373192579552014-06-09T14:55:00.000-03:002014-06-09T14:56:44.354-03:00Tremors (O ataque dos vermes malditos)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-WKydqiVXQcU/U5UwrfEb8SI/AAAAAAAACV8/J2adxrPwchE/s1600/o-ataque-dos-vermes-malditos_t3052_1_jpg_210x312_crop_upscale_q90.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-WKydqiVXQcU/U5UwrfEb8SI/AAAAAAAACV8/J2adxrPwchE/s1600/o-ataque-dos-vermes-malditos_t3052_1_jpg_210x312_crop_upscale_q90.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais um filme que o título em português é uma pérola, mas deixa pra lá.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<b><i>Sobre o roteiro:</i></b> Clássico filme de terror e comédia, o infame "terrir". Roteiro besta, legal mesmo é o desenrolar das coisas. Uma pacata cidade essencialmente caipira dos EUA começa a registrar tremores de terra inexplicados. E algumas bizarrices começam a acontecer, até que se descobre a causa: Criaturas colossalmente gigantescas que vivem no subsolo e estão famintas. Daí pra frente não tem muito o que dizer sobre o roteiro. Se fosse um filme pra ser levado à sério, eu provavelmente pararia por aí (como eu deveria ter feito com <i><a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/05/splice-splice.html">Splice</a></i>), mas aqui o toque de comédia, e a intenção de conduzir o filme como uma aventura, e não um suspense clássico dão mais credibilidade, e a licença poética permite apreciá-lo adequadamente. E o resultado disso é muito bom.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Coragem. Traz um roteiro sem nenhum potencial, com péssimas perspectivas, e ainda assim trunfa como um filme que já atingiu o <i>status</i> de <i>Cult</i> e de clássico. É um filme tosco, que não quer disfarçar isso. Veste a camisa da proposta, e acontece. Como <i><a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/05/grindhouse-planet-terror-death-proof.html">Grindhouse</a></i>. E é um entretenimento divertidíssimo. Recheado de elementos <i>gore</i>, o que pessoalmente não sou fã, mas é indispensável para a narrativa. É um daqueles filmes que a gente assiste, e se pergunta "porquê estou assistindo isso?", mas gosta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Não me lembro de nenhuma única cena de sexo no filme, mas vermes gigantes explodindo e devorando pessoas pode não ser algo que todos apreciem. E isso o filme tem demais. Não creio que deixará ninguém sem sono, porque a abordagem é muito mais cômica do que dramática.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Kevin Bacon - Val McKee</div>
<div style="text-align: justify;">
Fred Ward - Earl Bassett</div>
<div style="text-align: justify;">
Finn Carter - Rhonda LeBeck<br />
Michael Gross - Burt Gummer<br />
Reba McEntire - Heather Gummer<br />
Robert Jayne - Melvin<br />
Direção: Ron Underwood<br />
Produção: Gale Anne Hurd<br />
Roteiro: S. S. Wilson, Brent Maddock & Ron Underwood<br />
Trilha sonora: Ernest Troost & Robert Folk<br />
1990 - EUA - 96 minutos - Terror / Comédia</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-71973363560581362472014-06-09T00:47:00.000-03:002014-06-09T00:51:35.996-03:00Jesus Christ Superstar (Jesus Cristo Superstar) (1973)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-0p07TISu3V8/U5Ukt24ClHI/AAAAAAAACVw/xtMohDntJts/s1600/jesus-christ-superstar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-0p07TISu3V8/U5Ukt24ClHI/AAAAAAAACVw/xtMohDntJts/s1600/jesus-christ-superstar.jpg" height="320" width="177" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Saber que o filme é um musical é um motivo pra que eu automaticamente o coloque bem embaixo na lista de prioridades de filmes à assistir. <i>Jesus Christ Superstar</i> é o filme que mudou isso. E me arrependo de ter demorado tantos anos pra tê-lo visto.</div>
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<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Sobre o roteiro:</i> </b><i>Spoiler</i>: Jesus morre. Enfim, acho que não tem lá muita surpresa no roteiro, é aquilo que todo mundo já conhece. Porém há sim um ponto muito positivo a ser destacado no roteiro. Acho que mais de um.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A trama se passa entre a chegada de Jesus do deserto e sua crucificação. Se concentra em dois personagens principais: Jesus, como não poderia deixar de ser, e Judas Iscariotes. E isso faz o primeiro diferencial. Temos um Judas que não é um simples traidor, que entrega Jesus por dinheiro e nada mais. Temos um personagem complexo, idealista, que se vê frustrado por Cristo fazer tantas coisas boas e inflamar a multidão, mas não aproveitar isso para mudar a vida das pessoas, através de sua influência. Não o vê como um Deus, mas sim como um líder admirável. E com receio do rumo que as coisas podem tomar, e com decepções quanto a seu mestre, aí sim o personagem se transforma. Uma abordagem interessantíssima.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também chama a atenção o uso de anacronismos, como tanques de guerra, caças e metralhadoras há mais de 2000 anos. E o figurino de alguns personagens, como calças boca-de-sino e cores ultra-chamativas, bem características dos hippies e dos anos 70.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> A música. Tá, não é a única coisa, mas é a melhor coisa. Nada mais justo, é um musical, porém, diante de tantos musicais chatos e entediantes que estão no mercado (não vou citar nenhum pra não causar polêmica) que valorizam atuação, figurino, cenário, efeitos especiais, e etc, e tem uma música sem nada de interessante, há de se fazer justiça a um trabalho ímpar de Andrew Lloyd Webber, que não foi nada menos do que genial nas composições. Quem não assistiu, criem grandes expectativas, se gostar de Rock 'n' roll psicodélico e progressivo. É 'bom de com força' o negócio. Já baixei as músicas e estão na playlist, e são as mais ouvidas nos últimos dias. Grandioso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Claro, a música não seria tão boa se seus intérpretes não estivessem à altura. E estão. Os atores são de uma competência de fato tão grande que muito me surpreendeu pesquisar sobre eles e não encontrar outros trabalhos tão relevantes quanto este. Estão no mesmo nível de alguns dos meus cantores favoritos. Também merece crédito as bizarras coreografias, típicas da época, especialmente durante as músicas "What's the buzz" e "Simon Zealotes". E o já citado figurino. Não podemos esquecer que o filme é uma adaptação de um musical da Broadway, homônimo.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Assisti ao filme com um certo receio sobre como seria a abordagem, do ponto de vista religioso, mas pelo menos eu não percebi nenhum ponto polêmico à ponto de recomendar que se evite assistir com algum chato cabeça fechada. Creio que vale à pena assistir com qualquer um. Que goste de Rock. Porque é muito Rock 'n' roll! Se possível, priorize conseguir assistir com o áudio na maior qualidade que puder ter acesso.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Ted Neeley - Jesus Christ</div>
<div style="text-align: justify;">
Carl Anderson - Judas Iscariot</div>
<div style="text-align: justify;">
Yvonne Elliman - Mary Magdalene</div>
<div style="text-align: justify;">
Barry Dennen - Pontius Pilate</div>
<div style="text-align: justify;">
Bob Binghan - Caiaphas</div>
<div style="text-align: justify;">
Kurt Yaghjian - Annas</div>
<div style="text-align: justify;">
Josh Mostel - King Herod</div>
<div style="text-align: justify;">
Philip Toubus - Peter</div>
<div style="text-align: justify;">
Larry Marshall - Simon Zealotes</div>
<div style="text-align: justify;">
Richard Orbach - John</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Norman Jewinson</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Robert Stigwood & Norman Jewinson</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Melvyn Bragg (baseado no texto de Tim Rice)</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha sonora:</b> Andrew Lloyd Webber</div>
<div style="text-align: justify;">
1973 - Reino Unido - 106 minutos - Musical</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-34497958624216142432013-10-08T00:21:00.000-03:002013-10-08T00:21:54.642-03:00Oblivion<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Hl6itJwp_8E/UlNkHWz6l_I/AAAAAAAABLo/I0nHiWi79lI/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-Hl6itJwp_8E/UlNkHWz6l_I/AAAAAAAABLo/I0nHiWi79lI/s320/download.jpg" width="217" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Superprodução, super elenco, super orçamento, nem sempre resultam num super filme. <i>Oblivion</i> não é ruim, e esboça um roteiro com potencial, mas é fraco e previsível. O que é uma pena.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro: </i>O filme se passa num futuro pós-apocalíptico, após a Terra enfrentar uma guerra contra uma raça alienígena, que destruiu o nosso planeta, forçando os poucos sobreviventes a viver em Titan, uma lua de Saturno. Existe uma estação espacial gigantesca que recolhe os poucos recursos naturais que restaram do mundo para levar para a nova colônia. Porém, alienígenas habitando o que sobrou da Terra, os "saqueadores", tentam impedir, tentando destruir o drones bélicos enviados para garantir a segurança da missão. Um casal de técnicos fica em estações especiais na Terra para dar eventuais manutenções em drones danificados. Até que um dia, cai uma nave desconhecida, com tripulação humana em estado de hibernação, e os drones tentam matar os sobreviventes, sendo impedidos pelo protagonista, em tempo de salvar pelo menos a última. Ao ver esta pessoa, ele começa a ter <i>flashes</i> de memórias que foram apagadas, por motivo de segurança. Aí, o roteiro vira outra coisa. Outra coisa, infelizmente, previsível, e muito pouco original. E abusa de clichês até o final, inclusive o próprio final.</div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, dá aquela sensação de que a história poderia ser mais bem contada, ou que o contexto permitia uma coisa bem melhor. Mas não chega a ser uma vergonha, ou perda de tempo. Só decepciona.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Bom, tem Tom Cruise, Morgan Freeman, efeitos especiais estrondosos (é futuro, cara...) mas mesmo com os dois, em atuações fracas e apáticas, o filme não convence. Então, acho que é isso que o filme tem de especial.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Entretenimento simples, cenas de ação, efeitos especiais... me parece o tipo de filme que meninos de 14 ou 16 anos adorariam, e quem gosta desses elementos acima, também. Fora isso... sei lá, não é um filme ruim, só não façam questão de ver.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Tom Cruise<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>- Jack Harper</div>
<div style="text-align: justify;">
Morgan Freeman - Malcom Beech</div>
<div style="text-align: justify;">
Olga Kurylenko - Julia Harper</div>
<div style="text-align: justify;">
Andrea Riseborough - Vika</div>
<div style="text-align: justify;">
Nikolaj Coster-Waldau - Sykes</div>
<div style="text-align: justify;">
Melissa Leo - Sally</div>
<div style="text-align: justify;">
Zoë Bell - Kara</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Joseph Kosinski</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção: </b>Joseph Kosinski, David Fincher, Peter Chernin, Dylan Clark, Barry Levine & Duncan Henderson</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Joseph Kosinski, William Monahan, Karl Gajdusek & Michael Arndt</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha Sonora:</b> Anthony Gonzalez, Joseph Trapanese & M83</div>
<div style="text-align: justify;">
2013 - EUA - 124 minutos - Ação / Ficção científica</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-20418682455786756842013-08-31T15:25:00.000-03:002013-09-03T16:20:44.537-03:00Cloud Atlas (A viagem)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-qZp8AK7cbrA/UiYpe12HSrI/AAAAAAAABLQ/MsldLB3lDXI/s1600/cloudatlasgerman.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-qZp8AK7cbrA/UiYpe12HSrI/AAAAAAAABLQ/MsldLB3lDXI/s320/cloudatlasgerman.jpg" width="238" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Existem filmes que são puro entretenimento. A gente assiste, acha legal (ou não), comenta com os amigos, depois assiste outro, e a vida segue. Outros, não. Alguns títulos são especiais, nos fazem pensar, refletir, discutir, e se tornam referências para a posteridade. É pretensioso fazer uma obra assim, e poucas realmente obtém o sucesso pretendido. Mas creio que esta é uma delas. Uma obra pra se colocar no mesmo <i>Hall</i> de filmes como <i>2001: A space odissey</i>, <i>Matrix</i>, e <i>Butterfly Effect</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> Pode não ser exatamente pioneiro, mas não me lembro de outro filme, ou obra fictícia qualquer que tenha se valido de um roteiro construído da mesma forma deste. Seis histórias, contadas em seis diferentes períodos de tempo, se desenrolam simultaneamente. Porém, uma história influencia a outra, criando uma atmosfera atemporal de reflexões aplicáveis, sobre como decisões simples do passado podem afetar drasticamente o futuro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cada uma das histórias provavelmente já seriam suficientemente boas para se justificar um filme inteiro só sobre elas. Mas gostaria de citar elementos particularmente interessantes sobre algumas delas: A crise conceitual de "certo e errado" da primeira história (cronologicamente), a noção de moralidade da segunda história, o jogo político das indústrias energéticas na terceira história, o conceito de "quem os asilos e demais instituições do gênero realmente estão ajudando, e como o fazem", na quarta história, o desenvolvimento e o papel da religião meio aos povos ignorantes na sexta história, e, principalmente, a quinta história. Inteira. Enfim, um prato cheio pra discussões filosóficas. E ainda cabe destaque para os recursos roteirísticos usados para ligar as histórias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Além de um dos melhores roteiros já feitos, sobram um caminhão de coisas boas pra falar do filme. A direção, por conta dos meus diretores favoritos - os irmãos Wachowski - e Tom Tykwer, é muito chamativa. As formas como usam a tensão gerada por uma cena de uma história e rapidamente conectam a outra das histórias, as quebras de ritmo e tensões súbitas, enfim, salta aos olhos o excelente trabalho deles. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Necessário também falar do elenco estelar, que além de reunir grandes e talentosos nomes, conta também com outros atores de menor prestígio, mas não menor talento e relevância para o filme. Isso se faz particularmente importante, porque vários atores interpretam vários personagens, como Tom Hanks por exemplo, que interpreta um personagem diferente em cada uma das histórias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além disso, efeitos especiais dignos de quem já revolucionou a história de Hollywood, maquiagem primorosa (deixar 6 personagens diferentes, interpretados pela mesma pessoa, com cara de 6 personagens diferentes, não deve ser fácil), cenários deslumbrantes, fotografia criativa e não-clichê, e tudo mais que se pode esperar de um filme top de linha. Mesmo sendo uma produção independente (diga-se de passagem, uma das mais caras produções independentes de todos os tempos).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Recomendado para pessoas que gostam de um filme mais inteligente e desafiador. E pra quem gosta de assistir um filme que quase precisa ser assistido mais de uma vez. E pra quando tiver tempo, são quase 3 horas de filme. Ah, tem uma ou outra cena de violência mais brutal aqui e ali, umas cenas de sexo um pouco mais quentes, e um casal gay. Tá, é século XXI, mas se você sabe que tem algum idiota preconceituoso por perto, já fique avisado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Muito complexo para os moldes do blog. Melhor consultar aqui: <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cloud_Atlas_(filme)#Elenco">http://pt.wikipedia.org/wiki/Cloud_Atlas_(filme)#Elenco</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Andy Wachowski, Lana Wachowski & Tom Tykwer<br />
<b>Produção:</b> Grant Hill, Stefan Arndt, Tom Tykwer, Andy Wachowski e Lana Wachowski<br />
<b>Roteiro:</b> David Mitchel (autor do livro)<br />
<b>Trilha sonora:</b> Tom Tykwer, Johnny Klimek & Reinhold Heil<br />
2012 - Alemanha / Singapura / Hong Kong / EUA - 172 minutos - Ficção científica</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-39452957835065757912013-07-24T21:29:00.000-03:002013-07-24T21:29:35.329-03:00Dogville<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-QXUIB596LZc/UfBcvYQ0zYI/AAAAAAAAAdQ/-NvlhLKTSrc/s1600/dogville_ver3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-QXUIB596LZc/UfBcvYQ0zYI/AAAAAAAAAdQ/-NvlhLKTSrc/s320/dogville_ver3.jpg" width="216" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Um filme pesado. Bonito, intrigante, surpreendente, devastador, perturbador, diferente, mas, acima de qualquer outra coisa, um filme pesado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> A ideia é simples. Durante a "Grande Depressão" dos EUA, no começo dos anos 30, existia um pacato vilarejo, habitado por simples cidadãos entre as montanhas, no qual nada de diferente acontecia. Até que um dia, chega à cidade uma jovem em fuga. De imediato, um dos moradores lhe oferece abrigo de seus algozes, e a acoberta. Uma vez apresentada aos demais moradores, e submetida a decisão deles para poder permanecer na cidade, ela se oferece para fazer pequenos serviços em troca da hospitalidade que lhe fora oferecida de bom grado. Tudo segue calmamente, até que no dia da Independência, aparece um policial na cidade, com um cartaz de "Procurada" com a foto da moça. Todos continuam lhe acobertando, mesmo sabendo do risco que correm, porém, aos poucos vão "aumentando o preço" da "colaboração" deles, revelando quem realmente são os moradores de Dogville. E esta é a tônica que conduz o filme, até o seu inimaginável e catártico final, que afirmo, sem medo, ser o que mais me perturbou até hoje no cinema. Até mesmo mais do que o já "desgraçado" final de <i><a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/04/mist-o-nevoeiro.html">The Mist</a></i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Á primeira vista, o que mais salta aos olhos nesta obra é o cenário. O filme inteiro foi filmado em um galpão. O cenário é muito semelhante ao de obras teatrais. As casas e demais construções são apenas marcações no chão, com alguns móveis ou objetos que ajudam a identificar os diferentes locais da vila. A única rua da cidade também é apenas o que se encontra entre duas longas faixas pintadas no chão. E não há um "céu" visível, tornando a diferenciação entre dia e noite possível apenas pela iluminação. Com isso, boa parte da atuação dos personagens faz referência ao chamado "Teatro do absurdo". Por exemplo, ao atravessar uma porta, os atores manipulam uma maçaneta inexistente, puxando e fechando uma porta imaginária. Este cenário vai muito além de uma eventual economia de custos, ou de uma forma excêntrica de se fazer cinema. Vemos a utilidade deste recurso em cenas que querem expressar a ideia de que todos estão vendo o que está acontecendo em todas as partes, mas preferem fingir que não sabem, que há uma parede que não as deixa ver. Sacada genial. Alie-se a isso as técnicas minimalistas de direção de Lars Von Trier, e temos uma obra que servirá de referência por muitos anos. Ah! O filme não tem trilha sonora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também há aqui atuações marcantes, como a de um Paul Bettany completamente patético, de um James Caan com personalidade irretocável, e possivelmente a melhor atuação de Nicole Kidman.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Vou repetir: É um filme pesadíssimo. Já ouviram falar do "Casamento Vermelho" de <i>Game of Thrones</i>? Temos algo do mesmo nível. Porém, ainda mais chocante. E mais pesado. Só que isso é só o final. O filme não choca com a violência explícita. Choca com a violência psicológica. Não é para qualquer um. Mas é genial. Sem dúvidas, um dos melhores que já vi na minha vida. Merece atenção especial. E recomendo ver acompanhado, pois é um filme que rende muito assunto e reflexões.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Nicole Kidman - Grace</div>
<div style="text-align: justify;">
Paul Bettany - Tom Edison</div>
<div style="text-align: justify;">
Harriet Andersson - Gloria</div>
<div style="text-align: justify;">
Cloë Sevigny - Liz Henson</div>
<div style="text-align: justify;">
Lauren Bacall - Ma Ginger</div>
<div style="text-align: justify;">
Blair Brown - Mrs. Henson</div>
<div style="text-align: justify;">
Stellan Skarsgard - Chuck</div>
<div style="text-align: justify;">
Jeremy Davies - Bill Henson</div>
<div style="text-align: justify;">
Patricia Clarkson - Vera</div>
<div style="text-align: justify;">
Ben Gazzara - Jack McKay</div>
<div style="text-align: justify;">
Philip Baker Hall - Tom Edison Sr.</div>
<div style="text-align: justify;">
James Caan - "Big Man"</div>
<div style="text-align: justify;">
John Hurt - Narrador</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Lars Von Trier</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção: </b>Vibeke Wandelov</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Lars Von Trier</div>
<div style="text-align: justify;">
2003 - Dinamarca / Suécia / Noruega / Finlândia / Alemanha / Reino Unido / França / Países Baixos - 178 minutos - Drama</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-39979825030665717232013-06-30T23:37:00.000-03:002013-07-01T23:41:58.911-03:00Mars Attacks! (Marte Ataca!)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-okFvi8w6w4w/UVGkd3uCt6I/AAAAAAAAAPA/A_SxP4XyOgs/s1600/mars_attacks_ver1_xlg.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-okFvi8w6w4w/UVGkd3uCt6I/AAAAAAAAAPA/A_SxP4XyOgs/s320/mars_attacks_ver1_xlg.jpg" width="214" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais um filme completamente <i>non-sense.</i> E um grande clássico do gênero. Com direito a um elenco que reúne um número incomum de grandes nomes do cinema estadosunidense. Ao contrário do que se poderia esperar, normalmente muitos grandes atores no mesmo filme dá um filme ruim. Neste caso, porém, a lógica prevaleceu. Filmaço!<br />
<br />
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> Pessoalmente, não faço ideia de qual nome seria melhor para o filme, mas acho uma pena que o nome do filme já deixe claro que os marcianos são hostis. Seria interessante ver a cena da chegada dos alienígenas e surpreender completamente o público ao começar um ataque maciço. Mas enfim, resumidamente, este é o roteiro do filme: ET's do planeta vermelho estão invadindo a Terra, e os mais improváveis heróis tem a missão de deter este massacre. Não é bom, concordo. Mas tem uma lenda que eu nunca confirmei a veracidade, que diz que quando Johnny Depp recebeu o roteiro de <i>Pirates of the Caribbean</i>, ele o achou tão ruim, mas tão ruim, que ele topou o desafio, mais pela "zoeira" do que por realmente acreditar que poderia se tornar uma das franquias mais lucrativas da história da sétima arte. Não sei se o espírito aqui é o mesmo, mas fica a impressão de que as coisas são tão sacadas que fica engraçado. Some isso à várias sátiras de filmes com temas semelhantes lançados mais ou menos na mesma época (com destaque para <i>Independence Day</i>), e o roteiro passa a abrir possibilidades interessantes. Nem sempre um bom filme tem um bom roteiro...<br />
<br />
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> O espetáculo do humor negro <i>non-sense</i> é o que mais salta aos olhos. Tudo é muito inusitado, desde a ideia de alienígenas com cabeças de brócolis, assassinatos gratuitos aos quilos, o idioma dos marcianos, até o transplante de cabeças entre homem e cachorro.<br />
Além disso, como já disse, um elenco com pelo menos uns 10 atores e atrizes que seriam protagonistas de muitas produções de sucesso. Com direito até a astros do calibre de Michael J. Fox aparecendo praticamente como figurante. O que nos leva aquela coisa meio <i>Game of Thrones</i> de matar personagens importantes sem o menor pudor, mas sempre de forma escrachada. Também contamos com efeitos especiais, por conta da IL&M, de altíssimo nível, ainda mais se considerarmos que o filme já tem 17 anos.<br />
<br />
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Humor negro é uma característica que meio que seleciona o público por si só. Há quem adore, há quem odeie, mas desconheço quem fique em cima do muro. Porém, é claro que existem diferentes tipos e níveis de humor negro, Há quem considere que há um limite, então, vai minha sugestão: Evite quem não gosta de violência gratuita, e acha <i>Tom & Jerry</i> muito agressivo. Fora isso, lembre-se de que é humor pastelão. Não se preocupe com detalhes e coerência. Apenas ria. Ou não.<br />
<br />
<b>Ficha técnica</b><br />
<b><br /></b>
<b>Elenco:</b> Jack Nicholson - Presidente Dale / Art Land<br />
Gleen Close - Marsha Dale<br />
Pierce Brosnan - Donald Kessler<br />
Annette Bening - Barbara Land<br />
Jim Brown - Byron Williams<br />
Tom Jones - Tom Jones<br />
Rod Steiger - General Deck<br />
Natalie Portman - Taffy Dale<br />
Martin Short - Jerry Ross<br />
Sarah Jessica Parker - Nathalie Lake<br />
Michael J. Fox - Jason Stone<br />
Sylvia Sidney - Florence Norris<br />
Pam Grier - Louise Williams<br />
Jack Black - Billy Glenn Norris<br />
Danny DeVito - Rude Gambler<br />
Christina Applegate - Sharona<br />
<b>Direção:</b> Tim Burton<br />
<b>Produção:</b> Tim Burton & Larry J. Franco<br />
<b>Roteiro:</b> Jonathan Gems<br />
<b>Trilha sonora:</b> Danny Elfman<br />
1996 - EUA - 106 minutos - Comédia / Ficção Científica</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-80005400610410559992013-05-25T19:57:00.000-03:002013-05-25T19:57:52.950-03:00The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (O guia do mochileiro das galáxias)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-sOMTZd6mUNM/UaDdD5LtPDI/AAAAAAAAAQU/or7DDlBWi0E/s1600/The_Hitchhiker's_Guide_to_the_Galaxy.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-sOMTZd6mUNM/UaDdD5LtPDI/AAAAAAAAAQU/or7DDlBWi0E/s320/The_Hitchhiker's_Guide_to_the_Galaxy.jpg" width="214" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Já que é o dia da toalha...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> Não vou fazer nenhuma comparação com o livro, até porque as diferenças entre um e outro foram colocadas justamente pelo autor do livro, Douglas Adams.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, temos aqui um roteiro bem ao estilo do que Adams costumava escrever para as esquetes do <i>Monty Python</i>: usando e abusando do humor <i>non-sense</i>. Pra quem nunca ouviu falar, a triologia de 4 livros (que na verdade são 5) traz a história de Arthur Dent, que estava prestes a ter sua casa demolida, e descobre, de uma vez, que seu melhor amigo é um alienígena, e a Terra será explodida em 5 minutos para abrir espaço para a construção de uma estrada intergalática. Sem tempo para processar todas essas informações, ele pega carona clandestinamente em uma nave. Não chega a ser <i>spoiler</i>, porque tudo isso acontece logo nos primeiríssimos minutos do longa. A partir disso, começa o festival de coisas sem noção, e de humor inteligente e mordaz, com diversas críticas ao comportamento humano, no que diz respeito a política, religião, economia, ciência, entre outros, com metáforas, diretas e indiretas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Bom, é um filme de ficção científica top de linha de Hollywood, então, é de se esperar uma trilha sonora digna de nota, uma produção com recursos bem satisfatórios, e efeitos visuais de encher os olhos, de forma a tornar tudo muito convincente. Exceto quando claramente não é essa a intenção (como os Volgans, por exemplo). As atuações também são muito legais. Martin Freeman faz muito bem um personagem completamente perdido que tenta se encontrar ao longo da história, Sam Rockwell sempre faz bem personagens lunáticos, como o fez em <a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/04/green-mile-espera-de-um-milagre.html" style="font-style: italic;">The Green Mile</a> e em <i>Moon</i>, fazendo-o muito bem aqui de novo. E claro, Stephen Fry faz um narrador que é quase um personagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, é claro que a estrela do filme é o roteiro, e seus bizarros elementos, como o gerador de improvabilidades, a dinamite pan-galática, uma arma para induzir um estado de espírito, e um robô depressivo, pra ficar só na superfície. Não foi atoa que adquiriu o caráter de filme <i>Cult</i>, mas é difícil dizer se os livros teriam o mesmo sucesso sem o filme para alavancá-los. Não sei quanto ao exterior, mas no Brasil o lançamento dos livros, bem mais antigos, se deu com o lançamento do filme. Acho que uma coisa leva a outra, porém isto é irrelevante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Bom... com as mesmas pessoas que você assistiria <i>Star Wars</i>, <i>Back to the Future</i>, e coisas do <i>Monty Python</i>. E com pessoas que apreciam um senso de humor mais refinado, com piadas inteligentes e críticas que vão bem na ferida. Sem censura etária. Só nunca o recomende aos fãs de Jet Li, e afins. Sacumé...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco: </b>Martin Freeman - Arthur Dent</div>
<div style="text-align: justify;">
Mos Def - Ford Perfect</div>
<div style="text-align: justify;">
Sam Rockwell - Zaphod Beeblebrox</div>
<div style="text-align: justify;">
Zooey Deschanel - Trillan</div>
<div style="text-align: justify;">
Alan Rickman - Marvin (voz)</div>
<div style="text-align: justify;">
Warwick Davis - Marvin (corpo)</div>
<div style="text-align: justify;">
Bill Nighy - Slartibartfast</div>
<div style="text-align: justify;">
John Malkovich - Humma Kavula</div>
<div style="text-align: justify;">
Stephen Fry - Narrador</div>
<div style="text-align: justify;">
Helen Mirren - Pensador profundo (voz)</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Garth Jennings</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Gary Barber, Roger Birnbaum, Jonathan Glickman, Nick Goldsmith & Jay Roach</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Douglas Adams & Karey Kirkpatrick</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha sonora:</b> Joby Talbot</div>
<div style="text-align: justify;">
2005 - EUA / Reino Unido - 110 minutos - Aventura / Comédia / Ficção científica</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-49513634478641459072013-04-06T01:29:00.000-03:002013-04-06T01:30:29.545-03:0050/50<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-q3WqdvW0wgg/UV-WSyQSd_I/AAAAAAAAAPQ/y7BtFxV61Zg/s1600/50_50_Poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-q3WqdvW0wgg/UV-WSyQSd_I/AAAAAAAAAPQ/y7BtFxV61Zg/s320/50_50_Poster.jpg" width="214" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Despretensiosamente sentado, de boa na lagoa, começa a passar este filme na televisão, e eu começo a assistir. O bom elenco e o bom início me chamaram a atenção, e, tava atoa mesmo, terminei de ver. Grata surpresa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-style: italic;">Sobre o roteiro:</b> Um cara descobre que tem um raro tipo de câncer, cujas chances de recuperação são de 50%, o que dá o título do filme. Seu melhor amigo, sua mãe e sua terapeuta tentam garantir o bem-estar dele, diante de tamanha adversidade. Mas apesar da gravidade do tema, o filme é, na medida do possível, uma comédia. Quer dizer, uma comédia dramática, por assim dizer. A obra é uma viagem pela revolução que esta notícia causa nas pessoas, e as coloca numa metafórica montanha-russa de sentimentos e comportamentos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Acho que o primeiro mérito do filme é tocar num tema muito delicado, e fazer uma comédia em cima disso. Existem vários e vários bons filmes com um tema muito parecido, mas sempre focando no drama e na tragédia pessoal que essa lamentável doença causa, e fazer o público dar risada dessa situação é um grande desafio. E, embora não seja um filme pra dar gargalhadas escandalosas, consegue divertir o espectador. Vejo nisso um grande serviço prestado a eventuais espectadores portadores de tal enfermidade, que podem se identificar com as situações representadas neste roteiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O bom elenco, com excelentes atuações (especialmente se considerarmos que é um filme despretensioso, sem o foco de um blockbuster), é outro grande destaque. Particularmente, a atuação do protagonista Joseph Gordon-Levitt e de Anna Kendrick, se destacam ainda mais. Mais méritos para a segunda, na minha opinião, pois o personagem de Gordon-Levitt já favorece uma boa atuação. O dela não, e ela o torna mais interessante do que se esperaria. Seth Rogen, que também produziu o filme, tem mais uma atuação que me lembra muito todas as suas outras atuações que já assisti.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fora isso, elementos técnicos que não saltam aos olhos. Em geral, filmes do gênero são focados muito mais nas atuações e no roteiro, deixando a "moldura" mais simples. E não estamos diante de uma exceção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Pode ser uma boa assistir ou recomendar este filme para pessoas que tem parentes, ou mesmo são pessoas com este diagnóstico. Porém, um amigo cego me disse uma vez, anos atrás, que muitos cegos não gostam do Geraldo Magella (o popular "ceguinho") porque ele passa a impressão de que todo cego é bem-humorado, quando a realidade é bem diferente. Vários deficientes visuais são muito deprimidos e amargos por suas condições. E talvez caiba um paralelo neste caso. Aliado a isso, tem sempre a turma do "politicamente correto" que acha que tem temas dos quais não se deve fazer piada. Mas fora estas observações (e também uma ou outra cena onde pode-se interpretar uma apologia à maconha), é um filme de tema pesado, mas com cenas leves.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Joseph Gordon-Levitt - Adam</div>
<div style="text-align: justify;">
Seth Rogen - Kyle</div>
<div style="text-align: justify;">
Anna Kendrick - Katherine</div>
<div style="text-align: justify;">
Bryce Dallas Howard - Rachel</div>
<div style="text-align: justify;">
Anjelica Houston - Diane</div>
<div style="text-align: justify;">
Philip Baker Hall - Alan</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Jonathan Levine</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Seth Rogen</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Will Reiser</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha sonora:</b> Michael Giacchino</div>
<div style="text-align: justify;">
2011 - EUA - 100 minutos - Comédia / Drama</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-4754168923751608462013-03-05T01:04:00.000-03:002013-03-05T01:04:10.098-03:00Ghostbusters (Os Caça-Fantasmas)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-RwpbRQmal0k/UTVk0FSwhHI/AAAAAAAAAOw/F5bxaTlplws/s1600/220px-Ghostbusters_cover.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-RwpbRQmal0k/UTVk0FSwhHI/AAAAAAAAAOw/F5bxaTlplws/s320/220px-Ghostbusters_cover.png" width="202" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Sem dúvida, e com méritos, um dos maiores clássicos da história do cinema. Um dos mais marcantes filmes de comédia, e um dos mais marcantes filmes de ficção científica. Além de um dos ícones da cultura Pop dos anos 80.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> Tá, é uma história boba, mas... em quase todas as principais comédias boas, a história também é boba. Mas o roteiro é o de menos. O destaque vai mesmo é para as situações que o roteiro possibilita, e para as atuações e os efeitos especiais, então, nada de errado em criar uma agência especializada em capturar fantasmas que assombram New York. Nada errado em um monstro gigante feito de marshmallow, e nada errado em um monte de papo técnico pseudo-científico para sustentar o roteiro. Todos perdoamos. Na verdade, ignoramos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> É uma obra de 1984, então, infelizmente não posso ser preciso em relação ao impacto que este filme causou na época. E também é difícil fazer comparações com um dos principais chamarizes do filme: Efeitos especiais. Vendo o filme hoje, os efeitos parecem extremamente amadores e toscos, em sua maioria, mesmo usando tudo de ponta que a tecnologia da época possibilitava. Para simples efeito de comparação, <i>Back to the Future</i> (outro filme que carrega as mesmas insígnias descritas no primeiro parágrafo deste texto) é apenas alguns meses mais velho do que <i>Ghostbusters</i>, mas tem efeitos especiais que parecem 20 anos mais recentes. Tudo bem, teve a produção de Steven Spielberg, mas ainda assim... Enfim, parece aqui que estou falando mal dos efeitos que marcaram uma geração inteira como algo mágico, mas não é essa a minha intenção. Apenas pretendo enfatizar que, como não o assisti com aquela coisa de surpresa na época, e sim, depois de ter assistido <i>The Matrix</i>, <i>Avatar</i>, <i>Terminator 2</i>, entre outros revolucionários no assunto, fui condicionado a ser exigente quanto a isso. Mas reconheço a questão do mérito baseado na época.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outro grande destaque do filme vai para sua música tema, fruto de um plágio de Ray Parker Jr, de uma música do Huey Lewis, mas que resultou numa obra muito melhor do que a original, e é um dos grandes destaques e símbolos do filme e de toda uma geração. Fora isso, as atuações muito boas do já muito bom elenco, estrelado por Bill Murray, Dan Aykroyd, Sigourney Weaver e Rick Moranis.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> É uma comédia leve, sem insinuações pesadas, cenas fortes, nem nada do tipo. Como é do feitio de Iva Reitman, é uma comédia leve pra ver com a família toda, sem contra-indicações, e sem grandes expectativas. Foi um grande clássico de seu tempo, mas provavelmente o público jovem não vai ter essa reverência toda pra assisti-lo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Bill Murray - Doc. Peter Venkman</div>
<div style="text-align: justify;">
Dan Aykroyd - Doc. Raymond Stantz</div>
<div style="text-align: justify;">
Harold Ramis - Doc. Egon Spengler</div>
<div style="text-align: justify;">
Ernie Hudson - Winston Zeddemore</div>
<div style="text-align: justify;">
Sigourney Weaver - Dana Barrett</div>
<div style="text-align: justify;">
Rick Moranis - Louis Tully</div>
<div style="text-align: justify;">
Annie Potts - Janine Melnitz</div>
<div style="text-align: justify;">
Larry King - Larry King</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Ivan Reitman</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Ivan Reitman</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Dan Aykroyd & Harold Ramis</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha Sonora:</b> Elmer Bernstein</div>
<div style="text-align: justify;">
1984 - EUA - 107 minutos - Comédia / Ficção Científica</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-88110648084496523242013-02-13T15:28:00.000-02:002013-02-13T15:28:59.613-02:00True Grit (Bravura Indômita) (2010)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Ke1-Sd5UTxQ/URvD3W-9pLI/AAAAAAAAAOg/UDEVdqti3DI/s1600/true_grit_poster_08.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="239" src="http://4.bp.blogspot.com/-Ke1-Sd5UTxQ/URvD3W-9pLI/AAAAAAAAAOg/UDEVdqti3DI/s320/true_grit_poster_08.jpeg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Cada dia mais eu acho que vou gostar muito de filmes do gênero <i>Western</i>, porque ainda não me lembro de ter visto nenhum filme do gênero do qual eu me arrependa. Foram pouquíssimos, mas todos muito bons. Confesso não ter muita paciência para o ritmo dos <i>Western Spagghetti's</i>, mas as refilmagens e filmes apenas baseados no estilo de época, mas com a cara Hollywoodiana, costumam me agradar muito, como foi o caso de <i><a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/07/os-indomaveis-310-to-yuma-2007.html">3:10 to Yuma</a></i>, <i><a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/05/onde-os-fracos-nao-tem-vez-no-country.html">No country for old man</a></i>, <i><a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/07/winters-bone-inverno-da-alma.html">Winter's Bone</a></i>, e <i>True Grit</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> Uma garota de 14 anos, bem "durona", aparece na cidade querendo contratar um caçador de recompensas que tope caçar o assassino do pai dela. Não encontra Han Solo, e se contenta com Rooster Cogburn, o mais impiedoso disponível. Mas ela não é a única na captura do bandido. Há também um inexperiente, mas obstinado Texas Ranger nessa busca há vários meses, e que também quer capturá-lo. Como é característico do gênero, a premissa pouco importa, legal é a caçada, e o texto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> O roteiro é até bom, mas não é o mais legal. Apesar de não ter levado nenhuma estatueta, este filme, uma readaptação do original de 1969, estrelado por John Wayne, recebeu 10 indicações para o Oscar. As atuações, de modo geral, são muito boas, merecendo destaque mesmo contando com um elenco já qualificado. Aquele resto todo de cenário, figurino, maquiagem, fotografia, e etc, também é muito bom, mas nada rouba a cena particularmente, tudo está bom por igual. O que realmente chama a atenção são algumas cenas do filme. Assim como em <a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/08/inglourious-basterds-bastardos.html" style="font-style: italic;">Inglourious Basterds</a>, algumas cenas ficarão na memória pela tensão e direcionamento que as coisas tomam. Difícil explicar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ah, e na trilha sonora, mais um bom trabalho de Carter Burwell.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Os irmãos Coen são conhecidos por várias características comuns em seus filmes. Uma delas é a violência acentuada. Não chegam a serem exagerados como Tarantino ou Robert Rodriguez, mas ainda assim, uma ênfase acima do padrão nas cenas mais sanguinárias. Cabe o alerta pra quem não gosta. Fora isso, uma narrativa simples que não exige muito compromisso, mas é uma obra que merece atenção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Jeff Bridges - "Rooster" Cogburn</div>
<div style="text-align: justify;">
Hailee Steinfeld - Mattie Ross</div>
<div style="text-align: justify;">
Matt Damon - Texas Ranger LaBoeuf</div>
<div style="text-align: justify;">
Josh Brolin - Tom Chaney</div>
<div style="text-align: justify;">
Barry Pepper - "Lucky" Ned Pepper</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Joel Coen & Ethan Coen</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Joel Coen, Ethan Coen, Scott Rudin & Steven Spielberg</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Joel & Ethan Coen, adaptados da obra de Charles Portis</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha Sonora:</b> Carter Burwell</div>
<div style="text-align: justify;">
2010 - EUA - 110 minutos - Western</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-40698836315846960632013-02-06T12:19:00.000-02:002013-02-06T12:19:06.665-02:00Blindness (Ensaio sobre a cegueira)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-l6HzgkBjoLg/URJeXTZHwgI/AAAAAAAAAOQ/QLBalTUwTZo/s1600/6c1271d404da2ed1854eb2b228869a51_jpg_290x478_upscale_q90.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-l6HzgkBjoLg/URJeXTZHwgI/AAAAAAAAAOQ/QLBalTUwTZo/s320/6c1271d404da2ed1854eb2b228869a51_jpg_290x478_upscale_q90.jpg" width="230" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente um filme baseado em um livro - que eu li o livro. Diga-se, o melhor livro que já li até hoje.Não vou ficar dizendo o quanto considero José Saramago um dos mais brilhantes pensadores da história recente, mas tentarei focar só no filme, embora vez ou outra caibam algumas comparações entre ambas obras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> A adaptação foi ótima. quase tudo que tem no livro está no filme, e vice-versa. Fica apenas uma pequena ressalva: O livro tem um aspecto mais escatológico em alguns momentos, que na obra de Fernando Meirelles foram suavizados, para melhor se adequarem ao público, e, possivelmente, as classificações etárias. Não que seja ruim fazer isso, achei louvável. Por exemplo, ler sobre um piso todo sujo de dejetos humanos já nos dá uma sensação ruim, mas não precisamos literalmente visualizar isso para imaginar o que se passa. Mas voltando ao roteiro, a história é basicamente o seguinte: Surge uma epidemia de cegueira, contagiosa, que ninguém descobriu como surgiu. O governo decide colocar os novos cegos em quarentena. Neste isolamento, os personagens voltam a se comportar de forma primitiva, e a história começa a explorar várias e interessantíssimas faces do comportamento humano, e como este funciona colocado frente ao absurdo. Reflexões filosóficas é o que não faltam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Definitivamente, o roteiro. É um daqueles filmes perturbadores que nos deixam semanas pensando sobre ele, e suas idéias levantadas. Não é um roteiro conclusivo, o espectador é quem tira suas próprias conclusões sobre o que a obra mostra e aborda. Uma característica interessantíssima comum ao filme e ao livro, é que o nome de nenhum personagem é citado. As pessoas são conhecidas simplesmente pelas suas características, que são o que de fato têm importância para eles mesmos. Mas enfim, é difícil atribuir méritos ao filme, e não ao livro, porém, cabe aqui o mérito as grandes atuações, de todo o elenco, destes difíceis personagens. E definitivamente, é uma produção que realmente está à altura da obra original. O próprio autor do livro que sempre se recusou a permitir adaptações cinematográficas de seus livros, chorou na exibição no cinema, dizendo que o filme mostra exatamente o que ele queria mostrar com seu texto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> É um filme muito pesado e perturbador, logo, digo que não é exatamente um filme de família, e não é para todos os gostos, embora eu o considere imperdível, e um dos meus favoritos. Assista com tempo e atenção, para poder pegar as idéias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Julianne Moore - Mulher do médico</div>
<div style="text-align: justify;">
Mark Ruffalo - Médico</div>
<div style="text-align: justify;">
Danny Glover - Homem de tapa-olho</div>
<div style="text-align: justify;">
Gael García Bernal - Rei da ala 3</div>
<div style="text-align: justify;">
Maury Chaykin - Contador</div>
<div style="text-align: justify;">
Alice Braga - Mulher de óculos escuros</div>
<div style="text-align: justify;">
Don McKellar - Ladrão</div>
<div style="text-align: justify;">
Mitchell Nye - Menino</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Fernando Meirelles</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Niv Fichman, Andrea Barata Ribeiro & Sonoko Sakai</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Don McKellar, baseado na obra de José Saramago</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha sonora:</b> Marco Antônio Guimarães</div>
<div style="text-align: justify;">
2008 - Brasil / Canadá / Japão - 121 minutos - Drama</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-63615995128465926322013-01-31T23:39:00.000-02:002013-02-01T02:08:16.166-02:00Scott Pilgrim vs. the World (Scott Pilgrim contra o Mundo)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-3hyyb5Bu_U8/UQs5EAfRpXI/AAAAAAAAAOA/tlIQqdhbC4M/s1600/c0707_-_p_ster_scott_pilgrim_vs._the_world.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-3hyyb5Bu_U8/UQs5EAfRpXI/AAAAAAAAAOA/tlIQqdhbC4M/s320/c0707_-_p_ster_scott_pilgrim_vs._the_world.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais um bom filme vindo de uma adaptação de quadrinhos bem recentes e menos badalados do que os figurões da Marvel, DC, Vertigo e etc. Assim como tivemos <i>Kick-Ass</i>, <i><a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/04/green-hornet-o-besouro-verde.html">The Green Hornet</a></i>, e <a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/12/watchmen.html">Watchmen</a>, pra ficar só em alguns (mas não necessariamente nessa ordem de lançamento), surge este longa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> Um dos mais originais <i>scripts</i> que já vi. Scott Pilgrim tem uma namoradinha, mas acaba se envolvendo com outra garota que acha mais interessante. Mas logo descobre que ficar com ela não é tão fácil assim. Ele terá que enfrentar e derrotar seus ex-namorados, que tem habilidades dignas de personagens de <i>video-game</i>. Só por isso, já vale a pena ir ver o filme.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Além do roteiro completamente <i>non-sense</i>, contamos com mais um recurso muito criativo, pelo menos. Sabe aqueles balõezinhos com onomatopeias, presentes em todos os gibis? Eles estão aqui também. E não só isso. Tela cortada entre personagens em lugares diferentes, <i>backgrounds</i> fanásticos (no sentido mais literal da palavra), e vários outros elementos que fazem o espectador ter a sensação de estar lendo uma história em quadrinhos. E elementos <i>non-sense</i> não faltam para sustentar esta ambiência. Além disso, um bom elenco, encabeçado por Michael Cera, que se encaixa perfeitamente no papel, visto que o ator é praticamente um sinônimo de excentricidade e esquisitice.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> É uma obra explicitamente direcionada para jovens, mais especificamente para o público nerd, mas é uma comédia que pode agradar a um público um pouco mais amplo que isso. Um senso de humor bem moderno e subjetivo, do tipo que pode agradar muito a alguns, e deixar muitos "boiando". Enfim, não é um filme feito para as massas, mas se tornará certamente um clássico para uma geração. Embora contenha alguns diálogos um pouco acima do "politicamente correto", não me lembro de nada no filme que possa sugerir algum tipo de censura de público não.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Michael Cera - Scott Pilgrim & NegaScott</div>
<div style="text-align: justify;">
Mary Elizabeth Winstead - Ramona Flowers</div>
<div style="text-align: justify;">
Kieran Culkin - Wallace Wells</div>
<div style="text-align: justify;">
Ellen Wong - Knives Chau</div>
<div style="text-align: justify;">
Alison Pill - Kim Pine</div>
<div style="text-align: justify;">
Mark Webber - Stephen Stills</div>
<div style="text-align: justify;">
Anna Kendrick - Stacy Pilgrim</div>
<div style="text-align: justify;">
Chris Evans - Lucas Lee</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Edgar Wright</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Edgar Wright, Nira Park, Mark Platt & Eric Gitter</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Edgar Wright e Michael Bacall, baseados na obra de Bryan Lee O'Malley</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha sonora:</b> Nigel Godrich</div>
<div style="text-align: justify;">
2010 - EUA - 112 minutos - Comédia / Aventura</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-63492094374834714242012-12-29T00:57:00.000-02:002012-12-29T00:57:23.967-02:00The Hobbit: An unexpected journey (O Hobbit: Uma jornada inesperada)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-61aqmNk8lEw/UN5PLUuED0I/AAAAAAAAANw/aP9eD_lXZVI/s1600/MV5BMTkzMTUwMDAyMl5BMl5BanBnXkFtZTcwMDIwMTQ1OA@@._V1._SY317_CR1,0,214,317_.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-61aqmNk8lEw/UN5PLUuED0I/AAAAAAAAANw/aP9eD_lXZVI/s320/MV5BMTkzMTUwMDAyMl5BMl5BanBnXkFtZTcwMDIwMTQ1OA@@._V1._SY317_CR1,0,214,317_.jpg" width="216" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca li nada do Tolkien. Nem posso ser considerado como fã de sua obra. Admirador sim. Gostei muito dos filmes da triologia <i>Lord of the Rings</i>, mesmo sabendo do maior clichê da história do cinema (que o livro é melhor, e blablablá), gosto dessas coisas medievais, e sei que não se tratam de alguns dos maiores clássicos da literatura mundial por acaso, e nem é desmerecida toda a expectativa que se coloca num filme que se propõe a colocar na tela a obra de um autor que (segundo muitos me disseram, mas nunca pude comprovar) deixa tudo tão descrito nos seus textos que fica até difícil fazer algo que saia do esperado sem que seja feita uma alteração deliberada. Nesse sentido, na atual empreitada, o desafio é maior, visto que se trata de uma obra bem mais simples e menos detalhista em comparação a <i>LotR</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-style: italic;">Sobre o roteiro:</b> Vou deixar claro de novo: Não li a obra original. E preferi nem saber como é a história do filme, pra não ter conhecimento <i>spoiler</i> pra assistir. Portanto, embora não tenha sido meu objetivo, essa é uma resenha com muita imparcialidade, e sem comparações com o original, logo, uma análise do filme como um filme, não como adaptação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim sendo, achei uma boa história, sobre a qual há pouco ou nada a dizer, visto que o que se há para comentar sobre a mesma seria mais justo que se dissesse sobre a obra de Tolkien, não sobre a de Peter Jackson. Porém, para quem for assistir nas mesmas condições que eu, sem muitas expectativas, gostando do tema, mas sem saber o que virá, creio que irá gostar. Devo dizer que muito pouco do roteiro ficou na minha memória, deixando mais detalhes como cenas específicas (especialmente a trollagem do Gandalf sobre Bilbo), diálogos marcantes, efeitos especiais e fotografia do que uma linha de acontecimentos. Nessa primeira parte do que será ainda uma nova triologia (o que não posso deixar de achar uma grandessíssima jogada de marketing e de grana colocada muito acima do compromisso artístico, ou equivalente), os objetivos dos protagonistas não estão muito claros, de forma que, pra quem não conhece a obra, fica difícil prever os acontecimentos dos próximos filmes. O que é, de certa forma, um ponto positivo, penso eu. Mas sei que saí do cinema com a sensação de que era um bom filme, sem nenhum daqueles problemas de roteiro que te fazem ficar pensando "mas porquê diabos fizeram x quando poderiam facilmente fazer y e resolver todo o problema?", ou coisa do gênero.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Efeitos! Efeitos especiais! Tá, nem é só isso. Um grande elenco, embora poucas figuras realmente estrelas de Hollywood, com destaque óbvio para Ian McKellen, Hugo Weaving, Christopher Lee, Andy Serkis e, menos óbvio, mas igualmente destacado, para o protagonista Martin Freeman (num papel muito parecido com o que desempenha em <i>The Hitchhiker's guide to the galaxy</i>), e para Richard Armitage. Trilha sonora excelente, já esperada, fotografia acima da já alta expectativa, e toda aquela pompa de produção multimilionária, sem decepções, ao menos para mim. Sobrou apenas um fator que não posso opinar: Tem também uma versão dele em 3D, com 48fps. Ouvi dizerem que o número elevado de <i>frames</i> por segundo realmente é um diferencial (embora tenha feito algumas pessoas passarem mal), mas o 3D é mais um caso de "Legendas 3D" na maior parte do filme, como já é tradicional. Enfim, esse último detalhe é confessamente eco de opinião.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Com fãs de J. R. R. Tolkien, é claro! Além disso, todos os amantes de RPG, coisas medievais, e demais fantasias relacionadas provavelmente se interessarão. Crianças também podem gostar bastante, embora haja alguma violência aqui e ali em níveis que socialmente são considerados inadequados para crianças, mas pessoalmente não vejo problema nisso. Mas preparem-se para mais um filme épico, de duração épica.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Martin Freeman - Bilbo Baggins</div>
<div style="text-align: justify;">
Ian McKellen - Gandalf</div>
<div style="text-align: justify;">
Richard Armitage - Thorin</div>
<div style="text-align: justify;">
Andy Serkis - Gollum / Sméagol</div>
<div style="text-align: justify;">
Christopher Lee - Saruman</div>
<div style="text-align: justify;">
Cate Blanchett - Galadriel</div>
<div style="text-align: justify;">
Hugo Weaving - Elrond</div>
<div style="text-align: justify;">
Ian Holm - Bilbo Baggins (velho)</div>
<div style="text-align: justify;">
Elijah Wood - Frodo Baggins</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Peter Jackson</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Peter Jackson & Fran Walsh</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro: </b>Fran Walsh, Philippa Boyens, Guilhermo del Toro & Peter Jackson (Baseado na obra de J. R. R. Tolkien</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha sonora:</b> Howard Shore</div>
<div style="text-align: justify;">
2012 - Nova Zelândia / EUA - 169 minutos - Aventura / Fantasia</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-89601861542421121992012-11-30T23:31:00.002-02:002012-12-01T01:08:13.241-02:00The Prestige (O grande truque)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-SSQB8OSON4Q/ULlljXff73I/AAAAAAAAANE/5WuHyg8B43k/s1600/the-prestige-dvdrip-xvid-mvs.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-SSQB8OSON4Q/ULlljXff73I/AAAAAAAAANE/5WuHyg8B43k/s320/the-prestige-dvdrip-xvid-mvs.jpg" width="216" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Christopher Nolan está cada vez mais consolidado como um dos grandes diretores dos últimos tempos. Naturalmente seus trabalhos mais famosos são os da franquia <i>Batman</i>, mas não são os seus melhores. Também é o responsável mor por obras excelentes como <i>Memento</i>, <i>Inception</i> e, naturalmente, <i>The Prestige</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="font-style: italic;">Sobre o roteiro:</b> Pessoalmente, já me sinto naturalmente atraído pelo tema "ilusionismo". O que temos aqui é uma rivalidade entre dois antigos colegas de profissão, que vivem em função de superar um ao outro, depois de uma tragédia ocorrida, de responsabilidade de um deles, cria a inimizade. São os melhores mágicos de seu tempo, sempre em busca de novos e mais impressionantes números, e de como sabotar e prejudicar seus rivais. O filme ainda me chama mais a atenção por envolver uma das mais relevantes personalidades do universo científico, Nikola Tesla (bem carregado de licença poética, diga-se), interpretado pelo eterno camaleão David Bowie.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Achei muito legal a maioria dos truques apresentados, assim como a forma de desmascará-los. A forma como os espetáculos são montados, seus bastidores, e afins, foram particularmente fascinantes para mim, mas estes são apenas elementos secundários para desenrolar uma brilhante trama repleta de "reviravoltas" (na falta de um termo melhor), surpresas e revelações. E não custa citar que o filme se pauta pela eterna vingança de ambos, que nunca parecem estar "quites". E vinganças, a despeito do que pense Seu Madruga, quase sempre dá ótimas histórias.<br />
<br />
<a href="http://global3.memecdn.com/batman-and-wolverine_o_842357.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="222" src="http://global3.memecdn.com/batman-and-wolverine_o_842357.jpg" width="320" /></a><span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Ilusionismo é sempre uma coisa especial. É impossível ver este filme e não se lembrar do também excelente <i>The Illusionist</i>, que compartilha atmosfera muito parecida. Além disso, temos efeitos especiais que amparam o espetáculo de forma muito convincente e com muita qualidade, especialmente no que se refere aos experimentos (muito exagerados, para melhor servirem ao roteiro) de Tesla. Atuações brilhantes de Christian Bale e Hugh Jackman, que simplesmente nem de longe lembram seus personagens mais famosos e badalados (Batman e Wolverine, respectivamente). Também se vale de um elemento muito apreciado por este que vos escreve: Descontinuidade cronológica. A história se alterna o tempo todo entre passado, presente e futuro. E mais uma coisa interessante: Não temos nem mocinho nem bandido. Nunca se sabe para quem "torcer".<br />
<br />
Mas é mais um daqueles filmes que realmente nos prendem pelo roteiro, coerente, bem montado, interessante, envolvente e surpreendente. Daqueles pra assistir e conversar sobre o filme depois do fim.<br />
<br />
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Apesar de muita mágica, não é um filme que se possa recomendar para crianças, por ter uma ou outra cena forte demais. Fora isso, não me lembro de outras possíveis contra-indicações. Ah, aqueles chatos que gostam de filmes com ação o tempo todo e que tem dificuldades para entender um roteiro complexo, e ficam perguntando tudo o tempo todo também estão fora do público-alvo desta obra. Ou seja, é um filme que requer alguma atenção nos detalhes para ser melhor apreciado.<br />
<b><br /></b>
<b>Ficha técnica</b><br />
<b><br /></b>
<b>Elenco:</b> Hugh Jackman - Robert Angier<br />
Christian Bale - Alfred Borden<br />
Michael Caine - John Cutter<br />
Rebecca Hall - Sarah Borden<br />
Scarlett Johansson - Olivia Wescombe<br />
David Bowie - Nikola Tesla<br />
Andy Serkis - Sr. Alley<br />
<b>Direção:</b> Christopher Nolan<br />
<b>Produção:</b> Christopher Nolan, Emma Thomas & Aaron Ryder<br />
<b>Roteiro:</b> Jonathan Nolan & Christopher Nolan, baseado no livro de Christopher Priest<br />
<b>Trilha Sonora:</b> David Julyan<br />
2006 - EUA - 130 minutos - Drama / Suspense</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-83760895495743678622012-10-01T13:33:00.000-03:002012-10-01T13:34:56.769-03:00Edward Scissorhands (Edward - Mãos de tesoura)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-cZ-Dqf0GqTI/UGm6gI6seEI/AAAAAAAAAM0/fV5DYtEkrc8/s1600/250px-Edwardscissorhandsposter.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-cZ-Dqf0GqTI/UGm6gI6seEI/AAAAAAAAAM0/fV5DYtEkrc8/s320/250px-Edwardscissorhandsposter.JPG" width="221" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Provavelmente, o melhor filme já feito sobre preconceito.
Provavelmente, o melhor filme de Tim Burton. Provavelmente, o melhor personagem
de Johnny Depp. Provavelmente, a melhor trilha sonora já feita. Provavelmente,
um filme que nunca será esquecido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br /></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>Sobre o roteiro:</i></b> Algo que não é novidade nos filmes de Tim e
Johnny: o roteiro é imensamente simples, e igualmente absurdo, mas os
personagens são bem construídos e complexos, a história é muito bem contada, e
a dramaticidade é explorada aos limites. Assim, a história de um homem criado
por um velho inventor, que morre antes de concluir sua obra, deixando-o com
tesouras no lugar das mãos, e isolado da vida em sociedade, ganha proporções
grandiosas ao abordar as relações pessoais. Fofocas, inveja, fanatismo, bullying,
medo, rejeição, amor, e o mais clássico e bem apresentado caso de <i>friend zone</i> da ficção, entre outros
elementos, tornam o roteiro praticamente secundário. Um roteiro pra nos fazer
repensar em como tratamos as pessoas, em como é errado discriminar alguém por
ser diferente e especial, e em um monte de coisas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Além de tudo o que já foi
mencionado, contamos com a atuação brilhante de boa parte do elenco. Realmente
fica difícil definir até onde o mérito é dos atores e até onde são os
personagens que são excessivamente bem feitos, com personalidades muito desenvolvidas
(característica raríssima de se ver atualmente), e tudo mais. Mas fato é que este foi o filme responsável por lançar de vez ao estrelato a carreira de Johnny Depp, que realmente se revela um genial ator, apesar da pouca idade e quase nenhuma experiência na época. Além disso, a
direção é um show à parte, assim como o figurino, os cenários, maquiagem,
fotografia, e principalmente, o mais notório trabalho de Danny Elfman na trilha
sonora, belíssima e extremamente eficiente. E um texto marcante. Alguns diálogos são realmente inesquecíveis, como a clássica cena do "Não há mais nada para se ver aqui, voltem para suas casas", "Avon chama", "Eu pensei que era churrasco", "Aí ela me levou para os fundos e começou a tirar a roupa", e o dramático "Porque você me pediu", entre outros. Enfim, coisas especiais não faltam neste que foi um dos filmes mais marcantes da infância de quem a viveu nos anos 90. Mistura de romance, comédia, drama e suspense na medida certa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Com todo mundo. Como eu disse no começo, nunca vi uma alegoria melhor para abordar a questão do preconceito, e como ele está presente nas sociedades. Especialmente recomendado para babacas preconceituosos que o são por motivos especialmente estúpidos, como religião ou auto-afirmação. Coisa TOP.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Elenco: </b>Johnny Depp - Edward</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Wynona Ryder - Kim Boggs</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Diane Wiest - Peg Boggs</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alan Arkin - Bill Boggs</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Anthony Michael Hall - Jim</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Kathy Baker - Joyce</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vincent Price - Inventor</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Tim Burton</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Tim Burton & Denise Di Novi</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Roteiro: </b>Tim Burton & Caroline Thompson</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Trilha sonora:</b> Danny Elfman</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1990 - EUA - 100 minutos - Drama</div>
Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-29076423630487393372012-09-13T20:14:00.000-03:002012-09-13T20:14:20.710-03:00The Shawshank Redemption (Um sonho de liberdade)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-lbNsPuQvNnI/UFJfxDsRHgI/AAAAAAAAAMk/samVidbMOwQ/s1600/60872-shawshank_large.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-lbNsPuQvNnI/UFJfxDsRHgI/AAAAAAAAAMk/samVidbMOwQ/s320/60872-shawshank_large.jpeg" width="218" /></a></div><div style="text-align: justify;">Stephen King. Frank Darabont. Morgan Freeman. Tim Robbins. Tem como dar errado?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b><i>Sobre o roteiro:</i></b> Estou atualmente lendo a série <i>The Dark Tower </i>(A Torre Negra), de Stephen King, e, pela primeira vez, estou tendo contato com um livro dele, e não apenas com uma adaptação. O que tenho a dizer é que, apesar do mais manjado clichê do cinema de que "o livro é bem melhor", a maioria dos filmes baseados em seus livros captam muito bem o estilo de história que este sombrio escritor do Maine quer nos contar. Apesar de se tratar de uma temática completamente diferente, é notável a presença do estilo de King neste filme. Claro, de Darabont como diretor e roteirista também.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>The Shawshank Redemption</i> está em 1º lugar na lista do IMDB, com a nota mais alta, já a vários anos. Tá, listas de melhores de qualquer coisa que seja subjetiva não quer dizer nada, e eu não concordo que este seja o melhor filme de todos os tempos. Mas o que quero dizer é que não é nenhuma bizarrice nem obra do acaso que este filme tenha conseguido este feito e mantenha esta marca. É um excelente roteiro, bem coerente e bem montado, verossímil, crítico, intrigante, com todas as melhores características de Stephen King (apesar da ausência do fator <i>sobrenatural</i>), e que explora bem as falhas do sistema judiciário, da administração e do sistema penal (que, apesar de mostrar um exemplo nos EUA, não é muito diferente em qualquer outro lugar do mundo). Uma história emocionante (mas, de fato, não surpreendente), bem contada, e que definitivamente será lembrada por todos os que o assistirem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Primeiramente, o roteiro. Como este assunto já foi abordado, passemos ao elenco. Apesar de contar com apenas um verdadeiro astro de Hollywood, Morgan Freeman, o filme conta com um elenco todo muito bom. Difícil saber se o elenco realmente é muito bom, ou se Frank Darabont sabe como extrair o melhor do pessoal com quem trabalha, já que todos os seus filmes são primorosos. Destaque óbvio para a dupla protagonista, Tim Robbins (que, estranhamente, não emplacou outros grandes sucessos como esse, a exceção de <i>Mystic River</i>, que lhe rendeu um Oscar de melhor ator), e Morgan Freeman. Cenário, fotografia, trilha sonora, e tudo mais, no melhor padrão desse diretor francês. Ah, de novo, a presença discreta de Jeffrey DeMunn, como em todos os outros filmes de Darabont, e em várias adaptações de King.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue;">Quando e com quem assistir este filme?</span> Com o mesmo público que gostou de <i><a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/04/green-mile-espera-de-um-milagre.html">The Green Mile</a>, </i>que também é fruto da dobradinha King/Darabont. Um filme emocionante, bonito, com algumas cenas pesadas, mas sem apelação, e tudo mais. Uma recomendação especial para a turma do direito, especialmente para o pessoal dos direitos humanos. Quem não viu, veja, é imperdível. Quem já viu, recomendo ver de novo, que sempre vale a pena relembrar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Ficha técnica</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Elenco:</b> Tim Robbins - Andy Dufresne</div><div style="text-align: justify;">Morgan Freeman - Ellis "Red" Redding</div><div style="text-align: justify;">Bob Gunton - Warren Norton</div><div style="text-align: justify;">William Sadler - Heywood</div><div style="text-align: justify;">Clancy Brown - Capitão Hadley</div><div style="text-align: justify;">James Witmore - Brooks Hatlen</div><div style="text-align: justify;">Jeffrey DeMunn - Promotor de justiça</div><div style="text-align: justify;"><b>Direção:</b> Frank Darabont</div><div style="text-align: justify;"><b>Produção:</b> Niki Marvin</div><div style="text-align: justify;"><b>Roteiro:</b> Stephen King (autor do livro) & Frank Darabont</div><div style="text-align: justify;"><b>Trilha Sonora:</b> Thomas Newman</div><div style="text-align: justify;">1994 - EUA - 142 minutos - Drama</div>Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-29951580926228402762012-08-31T23:52:00.007-03:002012-09-02T01:27:35.028-03:00Finding Nemo (Procurando Nemo)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-2B_4W66KjF0/UELYbIzAluI/AAAAAAAAAMU/W2qr1dEyBFI/s1600/nemo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://1.bp.blogspot.com/-2B_4W66KjF0/UELYbIzAluI/AAAAAAAAAMU/W2qr1dEyBFI/s320/nemo.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Nemo?! Que filme legal! Possivelmente o filme que eu assisti mais vezes na minha vida (quando trabalhava numa locadora, esse filme era lançamento, aí era colocar no DVD, esperar acabar e dar <i>play</i> de novo), então segue a resenha.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> A história de um cara que teve sua mulher e filhos assassinados por um psicopata, tendo sobrevivido apenas um deles com deficiência física. Porém, este foi sequestrado, e ele sai desesperadamente em busca de seu único filho, contando com a ajuda de uma garota deficiente mental. Apresentado assim, fica mais dramático, né?!</div><div style="text-align: justify;">Agora falando sério. Mais uma vez, a Pixar fez uma daquelas animações que divertem crianças e adultos praticamente na mesma proporção. Humor leve, às vezes flertando com humor negro (Apesar de que, no fundo, todo humor é humor negro), mas sem ser polêmico. A mesma boa e velha fórmula: Protagonistas felizes, de repente algo acontece, e serve de suporte para o restante do filme, que terminará com um inevitável final feliz e uma lição de moral. Ser manjado não é desculpa para ser ruim, e definitivamente, não o é.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> O padrão de qualidade da Pixar ao trabalhar com computação gráfica já atingiu um nível tão alto que, de <i>Monsters, Inc</i> pra cá, considero impossível que melhore. Mas é claro que, assim como um <i>video game</i>, gráfico não é o objetivo, mas sim o meio para levar a diversão, o filme não pára por aí. O roteiro é envolvente, alguns diálogos simplesmente grudam na cabeça pra sempre, e tem a característica única de fazer com que praticamente todos os personagens sejam cativantes e marcantes, com personalidades distintas e bem definidas, o que garante muito mais identificação e carisma com o público. Ah, no áudio original, tem alguns astros dublando alguns dos coadjuvantes. Confira na ficha técnica.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Com a família toda, como qualquer outro filme Disney, Ok, nem todo filme da Disney é verdadeiramente indicado pra família toda, mas este é.</div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Ficha técnica</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Elenco (dubladores):</b> Marlim - Albert Brooks</div><div style="text-align: justify;">Dory - Ellen DeGeneres</div><div style="text-align: justify;">Nemo - Alexander Gould</div><div style="text-align: justify;">Gill - Willem Dafoe</div><div style="text-align: justify;">Nigel - Geoffrey Rush</div><div style="text-align: justify;">Anchor - Eric Bana</div><div style="text-align: justify;"><b>Direção:</b> Andrew Stanton</div><div style="text-align: justify;"><b>Produção:</b> Graham Walters</div><div style="text-align: justify;"><b>Roteiro:</b> Andrew Stanton, Bob Peterson & David Reynolds</div><div style="text-align: justify;"><b>Trilha Sonora: </b>Thomas Newman</div><div style="text-align: justify;">2003 - EUA - 100 minutos - Animação / Comédia</div>Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-25190427361617731262012-07-31T01:09:00.001-03:002012-08-02T00:26:35.620-03:00Taken (Busca Implacável)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-NtZdm8Am_xI/UBdTjgzvvcI/AAAAAAAAALU/WkeX8HtIGIA/s1600/MV5BMTM4NzQ0OTYyOF5BMl5BanBnXkFtZTcwMDkyNjQyMg@@._V1._SY317_.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-NtZdm8Am_xI/UBdTjgzvvcI/AAAAAAAAALU/WkeX8HtIGIA/s320/MV5BMTM4NzQ0OTYyOF5BMl5BanBnXkFtZTcwMDkyNjQyMg@@._V1._SY317_.jpg" width="216" /></a></div><div style="text-align: justify;">Um filme pra quem gosta de ficar tenso com o roteiro. Muito tenso. Muito, muito tenso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro: </i>Um ex-agente do governo, muito habilidoso e competente, tem sua filha sequestrada, enquanto ela estava passeando por Paris. E então, ele vai atrás dela. O roteiro em si é simples e objetivo.<br />
<br />
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Como ele vai atrás da filha. E o que ele faz pra tentar encontrá-la. Alguém aí assistiu <i>Payback</i>, com Mel Gibson? Até então, o personagem dele neste filme, o Porter, era meu parâmetro pra um cara durão. Mas a partir de <i>Taken</i>, Bryan Mills passou a ser meu sinônimo pra isso. Ninguém deveria mexer com a filha de alguém que é ao mesmo tempo Qui-Gon Jinn, Zeus e Ra's Al Ghul.</div><div style="text-align: justify;">As cenas de ação são primorosas, e a inteligência do personagem para suas estratégias e métodos são daquele tipo que te faz ter vontade de aplaudir o filme. Sim, é possível fazer um filme de ação ser um filme inteligente. O fato de quase ninguém o fazer não nega essa possibilidade.</div><div style="text-align: justify;">Para além disso, a trilha sonora atua muito bem pra manter a tensão, que dura o filme quase todo, sem descanso. As câmeras também reforçam isso, mas confesso que em alguns momentos o excesso de cortes deixa a gente muito mais confuso e perdido na ação do que creio ser a intenção... mas nada que comprometa as cenas ou o entendimento. Apenas algo que me deixa um pouco atordoado às vezes, mas que são comuns em filmes do gênero.</div><div style="text-align: justify;">E as atuações de Liam Neeson e Famke Janssen são ótimas. Esta última faz uma personagem realmente odiável...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue;">Quando e com quem ver esse filme?</span> Com pessoas que tenham nervos de aço. Deve ser um filme particularmente interessante pra quem tem filhos. Ou pra quem é um filho que acha que o mundo é só diversão. E pra pessoas podres de ricas, que acham que dinheiro é tudo. Ou pra quem simplesmente aprecia o gênero. É um filme que veio pra virar clássico.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Ficha técnica</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Elenco: </b>Liam Neeson - Bryan Mills</div><div style="text-align: justify;">Famke Janssen - Lenore</div><div style="text-align: justify;">Maggie Grace - Kim Mills</div><div style="text-align: justify;">Xander Berkeley - Stuart</div><div style="text-align: justify;"><b>Direção:</b> Pierre Morel</div><div style="text-align: justify;"><b>Produção: </b>Luc Besson</div><div style="text-align: justify;"><b>Roteiro: </b>Luc Besson e Robert Mark Kamen</div><div style="text-align: justify;"><b>Triliha sonora: </b>Nathaniel Mechaly</div><div style="text-align: justify;">2008 - França - 93 minutos - Ação / Suspense</div>Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-77590356194463069512012-06-18T17:57:00.000-03:002012-06-18T17:57:28.502-03:00Willy Wonka and the Chocolate Factory (A Fantástica Fábrica de Chocolate) (1971)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TeOwfuekpsk/T9-KWVD5RvI/AAAAAAAAALI/JLaHvG8_nIo/s1600/225px-WillyWonkaMoviePoster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-TeOwfuekpsk/T9-KWVD5RvI/AAAAAAAAALI/JLaHvG8_nIo/s1600/225px-WillyWonkaMoviePoster.jpg" width="218" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Definitivamente, um filme que marcou uma geração. Ou várias. Em grande parte, graças ao "Cinema em Casa", do SBT, que reprisava este filme incessantemente. Re-assistindo a esta obra depois de adulto, e depois de 41 anos de seu lançamento, Há de se reconhecer que o filme é carregado de lugares comuns, e de lições de moral sacadíssimas, mas que ainda continua tendo muito valor educativo para crianças. Falo isso porque o assisti com crianças, e isto foi comprovado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro: </i>O mote do longa é simples, e quase todo mundo conhece. Há uma fábrica de doces mundialmente famosa, mas que, para acabar com os atos de espionagem que levaram a fábrica à ruína, seu proprietário decide que ninguém mais entra ou sai da fábrica, que fica completamente fechada por 3 anos. Porém, quando da sua reabertura, seus novos produtos são revolucionários e deliciosos, mas suas receitas são o mistério mais bem guardado do mundo. Um dia, mestre Wonka decide fazer um concurso: 5 bilhetes dourados, escondidos em 5 barras Wonka, que podem estar em qualquer lugar do mundo, darão a quem os encontrar o direito de visitar a fábrica e de ter um suprimento de chocolate para o resto da vida. Começa então uma corrida mundial para encontrar os bilhetes, que altera a rotina de todo o planeta. Paralelamente, acompanhamos a história de Charlie Bucket, um menino muito pobre que vive com a mãe e seus inválidos avós. Charlie é o estereótipo do bom menino, que entrega jornais para ajudar na renda familiar, obedece sua mãe, é bem educado e tudo mais, mas a possibilidade de realizar o sonho de conhecer a fábrica mexe muito com sua personalidade, e o garoto começa a sofrer com a ansiedade da possibilidade, por mais remota que possa parecer, de encontrar o bilhete.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A partir daí, um a um dos bilhetes vão sendo encontrados ao redor do globo, e os 5 portadores do bilhete entram na fábrica. Cada vencedor é uma criança, representando um estereótipo de criança problemática diferente. Entre elas, é claro, Charlie. Enquanto as crianças, acompanhadas cada uma por um familiar responsável, vão conhecendo as instalações do Sr. Wonka, cada uma delas se mete em um problema diferente, normalmente com um desfecho comicamente trágico, que o enigmático dono da fábrica providencia sempre uma solução com uma frieza de quem simplesmente não se importa com a gravidade das situações nas quais as crianças se envolvem. Para tal, sempre aciona os simpáticos Oompa-Loompas, pequeninos humanóides de aspecto engraçado que trabalham na fábrica, e que a cada "episódio" de cada criança, cantam uma canção trazendo o mesmo <i>leitmotiv</i>, e uma lição de moral que se aplica ao motivo das crianças terem agido da forma que agiram, e qual é a consequência de se comportar assim. Enfim, o roteiro é totalmente voltado para ensinar valores as crianças.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> A característica que mais salta aos olhos é o uso e abuso do humor <i>non-sense</i>, especialmente depois do começo da expedição na fábrica. Lá dentro, tudo é inusitado, desde os Oompa-Loompas as invenções de coisas impossíveis que existem lá dentro. Além disso, a construção dos personagens é primorosa, algo raro de se ver nos filmes mais recentes. Até hoje poucos personagens na história do cinema conseguiram despertar tando ódio dos espectadores quanto a irritante Veruca Salt, que quer que seu pai lhe satisfaça imediatamente todos os seus mais insignificantes caprichos. Além dela e de Charlie, vemos um garoto viciado em televisão, um viciado em comida, e uma viciada em chicletes. Todos com atuações excelentes, com destaque óbvio de Gene Wilder, que tem neste filme seu papel mais reconhecido, e de Julie Dawn Cole, de quem nunca mais se ouviu falar, mas que mandou muito bem como Veruca.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como o filme é um musical, pessoalmente acho irritante essa coisa de substituir diálogos por músicas, especialmente considerando-se que assisti a versão dublada, e traduções ou versões raramente captam bem os objetivos do compositor, mas neste filme isto foi bem feito. O que por sí só é um mérito. Ah, o texto também é ótimo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> É filme pra ver com a família toda, mas é um filme infantil, então, não espere lá muita coisa. A menos que queira assistir com um olhar de quem quer compreender o motivo do filme ter sido tão marcante, ou descobrir de onde veio o meme do "Wonka irônico". Mas é um belo filme, sob qualquer aspecto ou critério. Como eu disse antes, as lições de moral são piegas e batidas, mas ainda se revelam atuais e eficientes para quem ainda não se enjoou de vê-las.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco: </b>Gene Wilder - Willy Wonka</div>
<div style="text-align: justify;">
Peter Ostrum - Charlie Bucket</div>
<div style="text-align: justify;">
Jack Albertson - Vovô Bucket</div>
<div style="text-align: justify;">
Julie Dawn Cole - Veruca Salt</div>
<div style="text-align: justify;">
Denise Nickerson - Violet Beauregarde</div>
<div style="text-align: justify;">
Paris Themmen - Mike Teevee</div>
<div style="text-align: justify;">
Michael Bollner - Augustus Gloop</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção: </b>Mel Stuart</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> David L. Wolper</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Roald Dahl (autor do livro)</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha sonora: </b>Anthony Lewley & Leslie Bricusse</div>
<div style="text-align: justify;">
1971 - EUA - 100 minutos - Infantil / Musical</div>Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-85560045778474764232012-05-11T23:55:00.000-03:002012-05-11T23:55:44.218-03:00My Cousin Vinny (Meu Primo Vinny)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-l6vOv2XGSyQ/T625vFPp5BI/AAAAAAAAAKk/oh-d8F1djus/s1600/220px-My-Cousin-Vinny-Poster.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-l6vOv2XGSyQ/T625vFPp5BI/AAAAAAAAAKk/oh-d8F1djus/s320/220px-My-Cousin-Vinny-Poster.jpg" width="214" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Como anarquista que sou, não gosto de advogados, menos ainda de juízes, e ainda menos do sistema legal que rege nossa sociedade. Mas reconheço que é muito raro um filme ambientado num tribunal ser ruim. Histórias como as de John Grisham costumam trazer reflexões interessantes, independente do que nós consideramos como valores pessoais. <i>My Cousin Vinny</i> está longe de ser tão pretensioso quanto Grisham, mas não deixa de ser um filme interessantíssimo, e muito divertido. Uma comédia fácil sobre um tema sério, mas que usa de um humor inteligente e recursos simples e eficientes. E Joe Pesci.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> Dois amigos se envolvem embaraçosamente num homicídio, e são presos, vítimas de um grande mal-entendido. Para sua defesa, um deles chama seu primo Vinny. O que ele não sabe é que seu defensor não é exatamente lá muito experiente...</div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, através de métodos e comportamentos pouco ortodoxos, o filme se desenrola sobre o julgamento. É um filme de comédia, então o roteiro não pode ser muito revelado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Joe Pesci, cara. Tipo, Joe "fucking" Pesci! Como já dizia o grande George Carlin, ele é o cara que resolve o problema. Mas falando sério, é lamentável que este baixinho tenha feito tão poucos filmes nos últimos 20 anos, porque a atuação dele é algo ímpar nos seus filmes. É um daqueles atores que são incomparáveis. Não por ser melhores ou piores que os demais, mas por serem únicos mesmo. Além disso, o filme conta com um ótimo elenco, com Ralph Macchio (o eterno <i>Karate Kid</i>), Marisa Tomei (espetacular a cena dela como testemunha no tribunal), Freddie Gwyne (como o ultraconservador juiz) e Mitchell Whitfield. Fora isso, a atmosfera é de um típico filme de "Sessão da Tarde", mas dos bons tempos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a este filme?</span> Uma comédia leve e despretensiosa. Não tem cenas fortes e apenas um ou outro palavrão aqui e ali, que normalmente nem aparecem nas legendas ou na dublagem. Especialmente recomendado pra quem lida profissionalmente ou academicamente com o Direito. E dá pra assistir com a família toda numa boa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Joe Pesci - Vincent "Vinny" Gambini</div>
<div style="text-align: justify;">
Marisa Tomei - Mona Lisa Vito</div>
<div style="text-align: justify;">
Ralph Macchio - Bill Gambini</div>
<div style="text-align: justify;">
Mitchel Whitfield - Stan Rothenstein</div>
<div style="text-align: justify;">
Freddie Gwyne - Juiz Chamberlein Haller</div>
<div style="text-align: justify;">
Lane Smith - Jim Trotter III</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção:</b> Jonathan Lynn</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção:</b> Paul Schiff</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Roteiro:</b> Dale Launer</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha Sonora:</b> Randy Edelman</div>
<div style="text-align: justify;">
1992 - EUA - 120 minutos - Comédia</div>Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-37505803316160042892012-04-30T17:33:00.000-03:002012-04-30T17:37:37.358-03:00The Hunger Games (Jogos Vorazes)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/4/42/HungerGamesPoster.jpg/200px-HungerGamesPoster.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/4/42/HungerGamesPoster.jpg/200px-HungerGamesPoster.jpg" width="208" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
The Hunger Games, na boa, Y U existe?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro:</i> É a pior coisa do filme. Não que seja a única coisa ruim. Mas o roteiro é de longe a pior coisa do filme.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Primeiramente, a temática passa longe de ser original. A idéia do filme é simplesmente pegar um monte de crianças e adolescentes dentro de uma arena com a ordem de se matarem. No final, só pode haver um vencedor, cujo prêmio principal é continuar vivo. Alguém aí lembrou de <i>Highlander</i>? Então perdoem-me citar este clássico perto desse filme revoltante, mas é um exemplo de onde uma idéia levemente semelhante já foi usada. De forma muito mais semelhante, temos um outro filme bem ruim, <i>The Running Man</i>, estrelado pelo "ótimo" Arnold Schwarzennegger, baseado no livro do venerado (pelo menos por mim) Stephen King. Neste, a trama já não é genial, mas pelo menos aborda uma série de questões interessantes. O diretor (ainda falando de <i>The Running Man</i>) erra feio ao focar nas cenas de ação quando tinha um roteiro que abria caminho para muita coisa inteligente, e passa a usar recursos que hoje causam vergonha alheia, mas que serviram para fazer um produto que agradasse ao público de sua época, 25 anos atrás. Depois disso, vieram vários outros filmes com um roteiro principal bem semelhante a essa idéia. Até no antigo desenho animado <i>X-Men</i> (que passava nas manhãs globais) uma pequena saga envolveu a mesma premissa. Então, o problema não está em reciclar algo que já não era bom quando era original. Está mesmo é no seguinte: Este roteiro é sacado, então ele precisa servir como um meio para explorar uma outra linha de pensamento. Mas o filme não faz isso, e torna o que era para ser um meio em um fim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já vou avisando que vou contar o filme inteiro, mas o maior spoiler que posso dar do filme é: Não assistam este filme de jeito nenhum! Definitivamente não vale o custo da energia elétrica para ser exibido. Mas vamos lá:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de uma guerra civil, 12 distritos de uma nação (que o filme não esclarece em momento algum qual é) perdem, e como forma de subjugar, a Capital decide punir os distritos com um "jogo", os "Jogos Vorazes". Cada distrito terá um menino e uma menina, entre 12 e 18 anos, sorteados para representá-los nos jogos, onde o objetivo é que eles se degladiem até à morte. E os distritos aceitam. Não tem rebelião, revolução, desobediência civil, nada. Simplesmente acatam a idéia, com um leve ar de chateação, como se fosse um pequeno aumento nas tarifas de ônibus. Parece que ninguém realmente assimila a idéia de que um governo que sistematicamente promove o extermínio bárbaro de 23 jovens cidadãos seus todo ano (e o filme mostra apenas a 74ª edição) como um espetáculo de TV louvável e adorado pela população. Por si só a idéia já é doentia e nojenta, mas o roteiro vai além...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aí o roteiro não decide se participar do torneio é motivo de apavoramento e desespero total diante da morte certa que só pode ser evitada através do assassinato frio de outras pessoas inocentes na mesma situação, ou se é um orgulho ser um herói que vai vencer esta honrosa (?!) batalha. E cada personagem passa a ser tratado como um novo "Big Brother". Todos viram celebridades, ao mesmo tempo que todos sabem que praticamente todos vão morrer. E o povo é conivente, acha legal, e tudo mais, reforço. Então, nossos heróis, depois de muita enrolação e muita cena ridiculamente clichê, finalmente entra em campo. Depois de várias coisas que todo mundo já sabe que vai acontecer antes de entrar no cinema, que serão abordadas a seguir, o filme simplesmente acaba. Fica o filme inteiro aquela sensação de que "no final eles vão explicar", mas... não. Só acaba. O que não acaba é a vontade de tocar fogo no cinema.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> O filme tem um roteiro desgraçadamente ruim, mas poderia salvá-lo se ele fosse um meio de explorar outros assuntos. Ao invés disso, a rinha infanto-juvenil é o objetivo do filme. Os temas interessantes que porventura tiveram alguma alusão durante a exibição não tem consistência na abordagem. Por exemplo, aquela coisa de Orwell em <i>1984</i>, ou da relação de autoridade e autoritarismo, ou da tensão política, do poder da força e da manipulação social, ou um monte de outras coisas realmente interessantes, que poderiam ser exploradas com um roteiro bem melhor, mas já que tem que ser isso aí, que faça algo aproveitável, né?! Nada... E com isso, o filme passa para a condição de irresponsável, pois colocar toda essa situação como aceitável, para milhões de jovens com personalidade e valores em formação, é complicado. Claro, não sou do tipo que acredita que jogar GTA vai fazer mal a personalidade de alguém, mas o que o filme propõe, e da forma que propõe, mostra argumentos que quase legitimam essa prática. Ao invés de provocar repulsa, quase faz o público querer participar dos jogos, ou fazer seus próprios. Um filme leviano e perigoso pelas proporções da produção e alcance.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas ainda tem os aspectos técnicos pra terminar de quebrar a bicicleta. Vou só citar algumas cenas e recursos usados, aleatoriamente, porque prefiro não ficar me lembrando destes momentos de tortura intelectual. Começo com os desfiles dos concorrentes, que entram recebidos com honras presidenciais, e não como condenados à morte. Depois todos são entrevistados como se fosse um concurso de Miss, contando casos, fazendo piadas, no maior clima de bom humor. Aí temos uma revelação sacadíssima que o garoto que foi representar o mesmo distrito da protagonista se diz desafortunado por estar apaixonado pela garota que o acompanhará no "torneio". Cria-se aquele clima de tensão igualmente sacado e "bora pro açougue". Cabe citar aqui que os personagens principais foram orientados por um ex-participante que venceu uma das edições anteriores. Mas parece que só eles receberam dicas, pois só eles parecem agir com alguma inteligência e estratégia, enquanto os demais seguem se exterminando como moscas. Umas matanças aqui, outras ali, tudo muito subentendido, nada mostrado, e algumas coisas começam a testar ainda mais a inteligência do espectador. Antes do torneio, um bando de esfomeados que viveram a vida inteira na miséria parecem estar sem fome num banquete onde podem comer tudo o que quiserem do bom e do melhor. Mas depois de alguns minutos, já estão matando répteis para comer... estranho... E o mais brilhante vem a seguir: Alguns concorrentes simplesmente se unem, e saem matando em equipe. É divertido pensar na possibilidade de pessoas que vão se matar ajudarem umas as outras a matarem outros, para apressar o momento em que fatalmente um terá que trair o outro. E durante a matança, eles saem rindo, tipo "Ah, que bonitinho ela implorando para não matarmos ela... é claro que eu ia matar, eu adoro matar crianças indefesas desesperadas..." e mais uma vez (pela 12ª ou 13ª vez) bateu aquela fortessíssima vontade de ir embora. Mas tá no inferno... tem também a interessante cena em que a protagonista quer provocar a queda de uma caixa de "super-moscas geneticamente alteradas que possuem um veneno que causa dores insuportáveis, alucinações e até a morte". Sim, eles param o filme pra explicar isso. Até faz sentido, porque pra alguém gostar desse filme, tem que ter uma inteligência limitada demais para perceber isso sem explicação, o que as moscas fazem no filme não deve ser suficiente... E tem mais: Criaturas e situações criadas por designers gráficos de improviso que aparecem na arena causando danos reais, o remédio milagroso que cura qualquer ferida e chega de pára-quedas, o cara que fica de guarda, e quando falha na missão de guardar os itens, o líder (?) do grupo (?!?!?) fica bravo e quebra o pescoço dele com a naturalidade de quem está dando uma bronca em um subordinado, entre outras coisas que não permitem uma reação diferente de "oh, god... why?". Sem falar nas maravilhosas cenas como a da lança que é atirada à queima-roupa na personagem principal, que desvia e imediatamente saca uma flecha, prepara o arco, aponta e dispara certeiro, tudo numa fração de segundo. Então, uma menininha fofinha e lindinha é atingida em cheio pela lança, tira ela do peito, vê o sangue, olha pra amiga, e cai no chão. Faz um discurso de "você tem que vencer", deixa rolar uma lágrima, e morre de olhos abertos. Sua nova amiga (?!) então fecha-lhe os olhos e grita de tristeza e desespero, fazendo cara de "agora a <i>coisa</i> ficou séria". Sequência mais clichê e patética, impossível. Nem Stephanie Meyer seria capaz disso. Em algum momento, não lembro da sequência, rola uma cena em que o garoto coadjuvante está ferido e precisando de cuidados especiais, e rola um clima romântico forçado para ganhar audiência, que ofende mais uma vez o bom senso. Enfim, muito, muito, muito lixo que eu nem me lembro ou nem quero mais citar acontece, e depois de uma regra de última hora, onde há a possibilidade de haverem 2 vencedores, desde que sejam do mesmo distrito (adivinha quem são?) ser revogada, a menina "genialmente" tem a idéia de forçar um "Romeu & Julieta" para que a produção intervenha e declare que de fato ambos venceram. Feito isso, o filme acaba. É só isso. Aí uma entrevistinha barata na TV, umas caras frustradas aqui e ali, e acaba. Sem discurso, sem explicação, sem mudanças... ano que vem tem mais, ou coisa parecida. Tenho muito medo do que virá nas continuações dessa coisa hedionda...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas vamos aos aspectos técnicos: O elenco tem atores ótimos, bons, razoáveis, ruins e péssimos. Mas o papel de ninguém ajuda. Woody Harrelson vive alternando entre filmes bons e ruins, mas seus filmes não recebem avaliação baseada em sua performance, que é fraca. Nesse filme, seu papel é mais ou menos da importância que lhe é peculiar. Elizabeth Banks tem um papel ridículo além da média do filme, o que torna difícil saber quanto disso é culpa dela. Lenny Kravitz como ator é uma idéia tão ruim quanto sua atuação. Stanley Tucci também fica com um papel ingrato como apresentador de TV do programa, mas demonstra não ser tão mal profissional. Josh Hutcherson não é um bom ator, e sua atuação é péssima. Agora o senhor Donald Sutherland deve estar muito necessitado de dinheiro pra entrar nesse atentado fazendo um dos personagens mais "não seja tão mal construído" que eu já vi. E principalmente, Jennifer Lawrence, Y U foi associar para sempre a sua imagem a esta vergonhosa franquia? Uma excelente atriz, que teve uma brilhantíssima e inesquecível atuação em <i><a href="http://comentandofilmes.blogspot.com.br/2011/07/winters-bone-inverno-da-alma.html">Winter's Bone</a></i> (inclusive lhe rendendo uma indicação ao <i>Oscar</i>) e uma tão boa quanto em <i>X-Men First Class</i>. Se queimou feio ao arriscar entrar nessa. Feio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto a efeitos especiais, trilha sonora, fotografia, e essas coisas todas, pelo menos nisso o filme se sai bem. Mas não adianta ter toda uma preparação e investimento para algo tenebrosamente lamentável. Filme ruim de doer o estômago. Um caminhão de dinheiro investido em produzir o mesmo que já corre pelos esgotos das grandes cidades.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir a esse filme?</span> Quando o Atlético-MG ganhar a Libertadores em cima do Corinthians e o Mundial em cima do Real Madrid de Messi e Romário. Antes que isso aconteça, não veja o filme. Nunca. Nunca mesmo. É o pior filme que já vi. Ouso dizer que conseguiu ser pior que <i>Twilight</i>. Sério.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ficha técnica</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Elenco:</b> Jennifer Lawrence - Katniss Everdeen</div>
<div style="text-align: justify;">
Josh Hutcherson - Peeta Mellark</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Woody Harrelson - Haymitch Abernaty</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Elizabeth Banks - Effie Trinket</span></div>
<div style="text-align: justify;">
Lenny Kravitz - Cinna</div>
<div style="text-align: justify;">
Donald Sutherland - Presidente Snow<br />
Stanley Tucci - Caesar Flickerman</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: -webkit-auto;">
Wes Bentley<span style="line-height: 19px;"> - Seneca Crane</span><br />
<span style="line-height: 19px;"><b>Direção:</b> Gary Ross</span><br />
<span style="line-height: 19px;"><b>Produção:</b> Jon Kilik, Nina Jacobson & Suzanne Collins</span></div>
</div>
<div style="text-align: -webkit-auto;">
<span style="line-height: 19px;"><b>Roteiro:</b> Suzanne Collins (autora do livro), Billy Ray & Gary Ross</span><br />
<span style="line-height: 19px;"><b>Trilha sonora: </b>James Newton Howard</span><br />
<span style="line-height: 19px;">2012 - EUA - 142 minutos - Aventura</span></div>Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6572830138236474425.post-28482265592321839982012-03-20T21:47:00.000-03:002012-03-20T21:47:18.524-03:00Season of the Witch (Caça às bruxas)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/b/b0/Season_of_the_Witch.jpg/260px-Season_of_the_Witch.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/b/b0/Season_of_the_Witch.jpg/260px-Season_of_the_Witch.jpg" width="216" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Normalmente Nicholas Cage estrela bons filmes. Mas já mencionei aqui que ele costuma alternar entre ótimos e péssimos filmes. Este aqui eu vou encaminhar para a lista "menos nobre" por assim dizer. Não é uma porcaria total, mas passa longe de corresponder as expectativas, e não merece ser assistido. Por isso gentilmente estou deixando este conselho para que escolha outro filme pra assistir. Pode inclusive usar o blog pra escolher melhor. Pra mim é uma honra, este é meu principal objetivo com isso aqui.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<i style="font-weight: bold;">Sobre o roteiro: </i>Quando soube da existência desse filme, imediatamente pensei que poderia ser algo mais ou menos na linha de <i>Der name der Rose</i>, já que se trata de um tema interessantíssimo (e humanamente lamentável) da nossa história, que tem margem para muita literatura. Mas... resolveram pegar todo esse ambiente e transformá-lo apenas em pano de fundo pra fazer um filme de terror. O que é um problema, porque o resultado não é um filme de terror, nem de aventura, fica algo no meio do caminho entre ambos. Mas isso não é um elogio, é uma crítica a falta de direcionamento.</div>
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Enfim, depois de uma sequência inicial pra já deixar bem clara qual será a tônica do filme, vem a justificativa pra dar a premissa do filme. Um cavaleiro cruzado se arrepende de tanta matança e resolve sair do exército cristão, com seu fiel companheiro. Presos por deserção, recebem a oportunidade de receber o perdão, se cumprirem antes uma última missão. Então acompanhamos um grupo que precisa levar uma garota até um certo mosteiro onde será julgada por bruxaria. Aí coisas sobrenaturais começam a acontecer, e, ao invés de aproveitar a temática pronta e explorar o absurdo que era acusar mulheres de bruxaria, e fazer um filme maduro e crítico, contextualizado com uma sociedade e uma geração que caça várias "bruxas" (homossexuais, ateus e demais minorias à margem da sociedade) baseados no ódio cego e irracional, fruto de uma manipulação de gerações, vira um simples filme onde a bruxa realmente existe e tem super-poderes. Ou seja, vira um filme infantil. Tá, juvenil, já que a violência daqui não é indicada para crianças. Um roteiro até relativamente bem feito, mas com um tema que não vale a pena.<br />
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<span style="color: red;">O que este filme tem de especial?</span> Bom cenário, bom figurino, bons efeitos especiais... aquele padrão de grandes produções de Hollywood. Mas tudo isso soa como desperdício... Enfim, não é um filme ruim, mas é um filme que não deixa nenhum bom motivo pra ser assistido. Nem o bom elenco (até com Christopher Lee) salva o barco.<br />
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<span style="color: blue;">Quando e com quem assistir esse filme?</span> Acho que é um filme que eu gostaria de ter assistido nos meus 12 à 16 anos de idade. É um típico filme de adolescente. Entretenimento vazio, roteirozinho sacado, cenas de ação desnecessárias mas bem feitas, e tal. Com um pouco mais de sangue do que o padrão <i>teen</i>, mas no resto, na mesma.<br />
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<b>Ficha técnica</b><br />
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<b>Elenco:</b> Nicholas Cage - Behmen<br />
Ron Perlman - Felson<br />
Stephen Campbell Moore - Debelzaq<br />
Robert Sheehan - Kay<br />
Claire Foy - Anna<br />
Christopher Lee - Cardeal D'Ambroise<br />
<b>Direção:</b> Dominic Sena<br />
<b>Produção:</b> Alex Gartner & Charles Roven<br />
<b>Roteiro:</b> Bragi F. Schut<br />
<b>Trilha sonora:</b> Atli Övarsson<br />
2011 - EUA - 98 minutos - Aventura</div>Victor Coelhohttp://www.blogger.com/profile/05544770011930563342noreply@blogger.com1