segunda-feira, 11 de abril de 2011

The Girl Next Door (Show de vizinha)

Puro entretenimento. Nenhuma pretensão além disso. Nada de querer ser genial, de querer inovar, nada. Só mais uma comédia adolescente americana. Com isso em mente, dá pra saber o que podemos esperar e exigir do filme. E, assim, podemos dizer que é um filme muito bom, dentro do que se propõe.

Sobre o roteiro: Algo original e inusitado, mas recheado de coisas que já vimos várias e várias vezes. Um jovem estudante prestes a se formar, com todos aqueles elementos que se espera desse tipo de filme, e que se apaixona por sua vizinha, que o coloca em situações embaraçosas enquanto também se envolve pelo rapaz. Porém, Matthew descobre que Danielle é uma atriz pornô. É aqui que o filme passa a ter um elemento de originalidade, um diferencial para os filmes do gênero. Daí pra frente, nada muito diferente. Comportamento de jovens apaixonados e inconsequentes, amigos tarados e nerds, e o resto dos estereótipos sempre presentes. Mas o filme traz boas piadas e situações engraçadas, vale citar a cena do Kelly e o Matthew no carro, e a "viagem" de Matthew ao ver Danielle vendo seu álbum de fotos. Não é Monty Python, nem Woody Allen, mas como humor pastelão, é bom. Humor é muito relativo, mas este, embora fuja dos meus padrões, me agradou.

O que esse filme tem de especial? O roteiro tem uma premissa ousada. Nós estamos acostumados com a cultura americana, e esta, por sua vez, está acostumada a algo que uma vez eu li como sendo "moralismo de cuecas". Quer dizer basicamente o seguinte: Tudo bem um cara só de cueca e uma mulher de lingèrie se esfregando em situações eróticas. Mas uma mulher não pode aparecer com um seio de fora nem pra amamentar um bebê, que já é apelação. Então, podemos dizer que ao tocar no tema que este filme toca, ele transgride aquela linha entre o aceitável e o chocante, polêmico. Além desse fator, tem um aspecto técnico também que eu acho bem legal, que é aquela coisa daquele desenho "Bobby's World", de mostrar uma cena inusitada, e depois mostrar que aquela cena só aconteceu no devaneio da cabeça do personagem, e não no "mundo real". E o filme usa isso algumas vezes. Longe de ser um recurso original, mas não creio que seja um clichê. E ainda me agrada. E tem uma trilha sonora bem legal também, com direito a Queen e The Who. Além de uma pontinha de Olivia Wilde, a Thirteen de House M.D.

Quando e com quem ver esse filme? Se leram até aqui, já devem estar imaginando com que tipo de pessoa esse filme vai colar ou não. Vale citar também que o filme tem uma ou outra cena de nudez, e, com esse "moralismo de cuecas" em alta, alguns podem ver de uma forma, outros de outra forma. Mas é uma boa comédia pra relaxar. Dificilmente vai arrancar gargalhadas, mas dificilmente vai cansar.

Ficha técnica:


Elenco: Elisha Cuthbert - Danielle
Emile Hirsch - Matthew Kidman
Timothy Olyphant - Kelly
Paul Dano - Klitz
Olivia Wilde - Kellie
Direção: Luke Greenfield
Produção: Charles Gordon, Harry Gittes & Marc Sternberg
Roteiro: Stuart Blumberg, David T. Wagner & Brent Goldberg
Trilha sonora: Paul Haslinger
2004 - EUA - 110 minutos - Comédia

4 comentários:

Filippe disse...

Super divertido!

Victor Coelho disse...

Pronto! Era essa a proposta do filme, nem mais, nem menos.

Unknown disse...

Há um filme,com semelhanças com "the girl next door", com uma moça que faz de atriz porno e que um rapaz que assiste às filmagens (em que ela, nua, está em cima de um ator)se apaixona... lembro-me só desta cena... qual será o filme?!(não é The Girl Next door, Finding bliss ou Pagando bem q mal tem, nem o descubro em "filmes sobre industria de filmes p adultos"... será possível descobrir?! Gostava de ver como termina a historia?

Unknown disse...

DAPT